segunda-feira, 11 de maio de 2009

Chega de mordaça!


Mais do que uma obrigação, acho-me no dever moral de prestar aqui minha solidariedade a colegas profissionais da comunicação que vêm sendo covardemente perseguidos e ameaçados por instrumentos judiciais arcaicos e sem sustentação lógica. Refiro-me a pessoas como Cláudio Nunes, Cristian Góes, Gilvan Manoel, Gilmar Carvalho, Eduardo Abril, Luiz Eduardo Costa, entre outros, que corajosamente cumpriram o dever de informar com precisão à sociedade sergipana sobre os desmandos administrativos que resultaram na famigerada Operação Navalha, da Polícia Federal, há cerca de dois anos.
Pois bem. Gente comprovadamente envolvida com os escândalos e que não teve pena do dinheiro público, agora quer arrancar na tora mais dinheiro desses comunicadores profissionais. Essa gente, meus caros, está usando a justiça para agredir e intimidar da forma mais covarde. Está querendo, através de centenas de processos judiciais, deixar na falência empresas de comunicação e os próprios profissionais. Um absurdo, acompanhado de perto pelo Ministério Público Federal, que ainda pode reverter esse quadro inconseqüente de fatos.
Portanto, nada mais justo para nós produtores de comunicação social com responsabilidade, que repudiar com veemência a atitude dos ladrões indiciados na Navalha. Repudiar também algumas decisões judiciais equivocadas, que só prejudicam em cheio os preceitos da liberdade de expressão e a própria forma de comunicar com isenção, segurança e culpabilidade. Chega de mordaça.
A propósito, a respeito do assunto, o jornalista Luiz Eduardo Costa escreveu artigo com recado direto aos magistrados incompetentes que não honram certas determinações superiores e muito menos a toga que usam para cobrir seus balaios de brio insustentável, desfaçatez e desonestidade. Eis um trecho do artigo:
“Parece que as lições do ministro do STF, Carlos Britto, aqui em Sergipe, terra da mordaça, túmulo da liberdade de expressão, mausoléu da cidadania, sepulcro caiado onde risonhamente se dão muito bem tantos anjos da cara suja, aqui em Sergipe, onde se costuma diariamente desonrar o sangue que Fausto Cardoso derramou em holocausto à liberdade, aqui, as palavras de Carlos Britto pedagogicamente revelaram-se inúteis. Poucos quiseram sobre elas meditar, e delas fazer uma interpretação necessariamente calcada no respeito ao pensamento, à liberdade e à cidadania”.

Gilson Sousa

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