sábado, 6 de fevereiro de 2010
Plataforma quebrada, sem voz nem vento
Socorro, alguém me ajude. O trem passou depressa e não tenho como chegar na próxima estação. Tá frio aqui dentro de mim. Tá feio lá fora. Nunca estive tão só. Creio não ter forças pra correr. E assim fico amargo. Pelejando por uma ajuda. É quando aparece a tal dor invisível. Inevitável não chorar. Pois o trem está distante. Com seus vagões abarrotados de hipocrisia e cinismo. E eu queria estar lá. Assim sobreviveria um pouco mais, quem sabe.
Boi infeliz. Por que ando tão triste? É preciso chorar, ao menos uma vez. Lembrar uma música qualquer. Amaldiçoar a solidão e aceitar o peso dos braços. O trem da vida não conta o tempo. Não perde escala. Também por isso peço socorro. Ninguém me vê como sou. Um ser claramente incompleto, vulnerável. Lobo solitário, refém da tormenta. Vagando na plataforma quebrada. Alguém me ajude, por caridade, que seja.
Gilson Sousa
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mais do que me identifico.
ResponderExcluirDébora - PovoBunda
boa sorte cara
ResponderExcluirhttp://joaoaquila.com
Gostei da frase: "O trem da vida não conta o tempo. Não perde escala.", é a mais pura verdade, a vida é breve...
ResponderExcluirIsaac
Oxe...kkkkk....sai fora...deprê da peste....
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