quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Neymar, o exagerado


Sim, estamos criando um monstro no futebol brasileiro. Não um monstro dos gramados, como foi Pelé, Zico ou Rivelino. Mas um monstro da má educação, da arrogância, da impertinência. Refiro-me ao garoto do Santos, Neymar, craque precoce, sem dúvida, mas desalinhado com a boa educação esportiva.
Desde ontem à noite, após a partida do Santos contra o Atlético de Goiás, toda a imprensa abre espaço para expor as atitudes reprováveis desse rapaz. Aliás, o técnico do Atlético, Renê Simões, ficou revoltado com a postura de Neymar, quando xingou o técnico Dorival Júnior no final da partida na Vila Belmiro.
"O que esse rapaz tem feito é inaceitável. Algo precisa ser feito, Neymar tem de ser educado logo. Desse jeito, estamos criando um monstro. Neymar, hoje, não é um homem, nem um grande jogador. Fiquei decepcionado com o futebol depois desse episódio", afirmou Renê Simões. E eu concordo.
Não é de agora que Neymar apronta. Joga bom, sim. Mas é mascarado, mal educado, inconveniente. Precisa mesmo ser educado urgentemente, sob pena de cometer algo mais grave na vida social. Vejam o exemplo de Bruno, ex-goleiro do Flamengo. Aliás, o ídolo Zico havia afirmado que o título brasileiro de 2009 fez mal ao Flamengo porque os jogadores se sentiram super-poderosos após a conquista. Deu no que deu.
Hoje mesmo o portal IG fez uma enquete virtual com os seus leitores e utilizou a seguinte pergunta: René Simões disse que Neymar está virando um monstro. Você concorda? Na hora em que acessei o site, 91% (28113 votos) diziam que “Sim, pois Neymar tem passado dos limites”. Somente 9% (2650 votos), até então, diziam que “Não. O René Simões exagerou no comentário”.
Para mim, o monstrinho está sendo criado sim. E pior, é alimentado, e bem alimentado, por veículos de comunicação com grande poder de massa como as redes Globo e Bandeirantes, além de jornais impressos de São Paulo e Rio de Janeiro. Repito: o menino de apenas 18 anos de idade é bom de bola. Mas está longe de ter um padrão de comportamento social compatível com a imagem de um ídolo. Se continuar assim, seu rumo pode ser o time de Bangu. Sem exageros.

Gilson Sousa

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A prima VI: sempre dando bandeira!


Nessa época de política eleitoral aparece muita gente boa por aí. Imaginem vocês que eu andava com o orçamento meio apertado aqui em casa depois que minha prima veio de Capela para morar comigo. A bichinha adora um iogurte, batata roufles, pizza, bombom de chocolate..., mas tudo isso custa muito dinheiro.
Aí apareceu um candidato desses aí e ofereceu um trabalho. Coisa pesada, mas ela topou. Sai de casa todos os dias umas 10 horas da manhã e só volta quase meia-noite. Sem cerimônia, nem muito menos vergonha, ela me conta que sua tarefa é ficar segurando o pau da bandeira pela esquinas. Repare, que coisa bacana.
É tanto trabalho que ela chega em casa exausta. Reclama muito de dores nas pernas e em outras partes do corpo. Pede sempre uma massagem mais caprichada. Mas eu não sei fazer isso. Nunca fui bom nessas coisas. Aí, para não decepcioná-la, resolvi comprar um aparelho de ginástica para ela. Assim a bichinha faz uns exercícios mais corretos e se fortalece.
Lá em Capela, tio Herinaldo, que já foi pro céu, e tia Malvina, que sequer enxerga mais, não tiveram condições de tratar bem a menina. Mas aqui em casa ela deita e rola. E eu deixo. Até porque tenho pena da prima. Fico torcendo é que acabe logo essa campanha política para a menina relaxar mais. E quando isso acontecer, ela com o dinheirinho no bolso, e eu cheio de bondade, vamos levantar em casa para sempre a bandeira da fraternidade. Vou investir nisso, vocês vão ver.

Gilson Sousa