sexta-feira, 22 de abril de 2011

Quando o ódio supera até a intolerância


Para falar a verdade, é cruel, mas eu concordo com o pensamento do coveiro carioca Leandro Silva Oliveira, de 25 anos. Hoje pela manhã ele teve que enterrar numa cova rasa do Cemitério do Caju o corpo de Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre de 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, ocorrido no último dia 7.
“O sentimento foi de ódio. Acho que um cara desses não merecia ser enterrado”, atestou o coveiro. Eu também acho. Para mim, não tem distúrbio mental algum que justifique você premeditar o assassinato de crianças daquela forma. Isso é coisa de animal selvagem. E animal selvagem não merece e nem precisa de enterro formal.
A propósito, o assassino teve até muita sorte. Não foi enterrado como indigente porque o seu corpo saiu identificado do IML carioca. No entanto, nenhum parente foi até o necrotério reconhecer o cadáver nem muito menos compareceu ao sepultamento. Foi direto para o inferno.

Gilson Sousa

A foto, do coveiro Leandro, é de Sabrina Lorenzi/iG

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Povo bunda


Argentino é um povo pequeno. Aliás, um povo que se acha grande, mas é miúdo. Em tudo. E isso não é ranço algum. É mera observação comportamental. Uma pequena demonstração disso eles deram no final da partida de futebol entre os times do Fluminense (RJ) e outro time de lá, válido pela Copa Libertadores de América, na noite desta quarta-feira (20).
Na bola, o Fluminense ganhou o jogo por 4 a 2, em pleno solo argentino, e desclassificou o time de lá. E quem disse que eles se conformaram? Partiram para a porrada gratuita no final da partida. Coisa pequena. Típica de argentino. Tentaram até obstruir o trabalho da imprensa brasileira, barrando as entrevistas no vestuário. Coisa pequena.
Confesso que pessoalmente só conheço um único argentino, meu professor de língua espanhola Fabian Piñero. Gente muito boa, mas está vivendo entre nós. Aliás, tenho até pena daqueles brasileiros que vez em quando usam camisas de times argentinos. Para mim, ou eles não têm outra roupa para usar no momento ou são idiotas mesmo. Gente sem noção alguma de patriotismo. Sendo assim, viva o Brasil. Sempre.

Gilson Sousa

PS: obrigado, minha amiga Débora Andrade, pela inspiração para o título do texto.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mortes de motociclistas podem aumentar em Sergipe


Notícia divulgada hoje dá conta do aumento do número de mortes de motociclistas no trânsito de São Paulo em 2010. Segundo relatório da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), 478 motociclistas morreram durante o período na cidade. E isso serve como alerta para uma série de fatores envolvendo o transporte de duas rodas.
Em Sergipe não tenho conhecimento desse número, mas sei que morre muita gente pilotando moto. E os fatores, como disse, são muitos. Vão desde o abuso dos pilotos até a intolerância dos motoristas de automóveis, passando pelo constante desrespeito às regras de trânsito e pelo absurdo aumento na frota de veículos nas cidades sergipanas.
Dados do Detran/SE, no mês de março deste ano, mostram que existem 458.231 veículos legalizados rodando por aí. Desses, 170.515 são motos, divididas aí em motocicletas, motonetas e ciclomotos. Portanto, considerando o alto risco natural oferecido pelo veículo de duas rodas, o número de acidentes não deve ser dos menores por aqui também. E o mais agravante: com forte tendência de crescimento.
Aliás, para mim, o que preocupa mais ainda são justamente as motonetas de até 50 cilindradas. Essas são um terror no trânsito. Não respeitam nada, não se orientam por nada, não ajudam em nada, e ainda circulam feito bicicleta motorizada. Nós motoristas é que precisamos ter atenção redobrada quando passamos ao lado de uma bichinha dessas pelas ruas.
Votando a São Paulo, o relatório de Acidentes de Trânsito da CET diz que as pessoas nas calçadas e atravessando as vias, no entanto, continuam sendo as maiores vítimas, com 630 mortos em 2010. Mesmo assim, o CET também mostra que 41,8% das colisões com mortes envolvem motos e carro, além dos 14,9% que envolvem motos e ônibus.

Gilson Sousa

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Democracia plena no Brasil? E existe?


Eu achei genial o comentário de um leitor do blog jornalístico de Cláudio Nunes relativo a um debate sobre democracia, direitos iguais e cidadania no Brasil:

Você acredita mesmo que o Brasil vive uma democracia plena? Existe democracia plena sem justiça plena? Com imunidade parlamentar, fórum privilegiado? Com pessoas que por serem juízes não podem ser presas em flagrante? Existe democracia plena, quando magistrados comprovadamente cometem atos criminosos, e têm como punição aposentadoria compulsória? E o voto obrigatório? E a privação de liberdade de expressão dos policiais militares? Democracia plena é quando a justiça abraça e pune IGUALMENTE a todos.

J. Carlos.

E eu assino embaixo.

Gilson Sousa

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Erro médico não merece perdão


Gosto muito do quadro ‘Vai dar o que falar’, exibido semanalmente no Jornal Hoje, da Rede Globo. Invariavelmente, são assuntos extraídos de projetos de lei apresentados no Congresso Nacional. Aí o povo opina, especialistas opinam, e o telespectador acompanha. Tudo bacana, jornalisticamente falando.
Nesta semana, o telejornal destacou que um projeto dá chance a médicos que perderam seus registros por erros. Ou seja, cria penas intermediárias como cursos de ética, aperfeiçoamento e especialização. Uma piada, já que erros médicos são casos que revoltam qualquer cidadão. Portanto, ao meu ver, nada de passar a mão na cabeça dessas pessoas que erram e prejudicam a vida alheia.
Aliás, respeitando as raras exceções entre os médicos, posso assegurar que trata-se de um bando de mercenários corporativistas. E no caso do erro durante o exercício da profissão, não dá para dizer que “errar é humano” e pronto. Sou contrário a esse projeto - que prevê a revisão da cassação do registro se o médico provar que estudou mais para voltar ao exercício da medicina -, e solidário com milhares de pessoas que sofreram e sofrem por conta desses erros muitas vezes grosseiros.

Gilson Sousa