terça-feira, 22 de junho de 2010

A prima IV: doida por umas palmadas


Digam se não estou coberto de razão: morava sozinho há tempos e sempre fui um cara organizado e com certos caprichos. Sempre contratava uma diarista para a faxina do apartamento e para deixar tudo exatamente no seu devido lugar. Coisa de macho mesmo. Mas hoje em dia, com essa prima morando de graça aqui em casa, achei que não custava nada a moça executar ao menos uma simples limpeza nos cômodos de vez em quando. Afinal, ela está bem mocinha.
Na minha vivência, sempre soube que o trabalho engrandece o ser humano. Mas essa menina de Capela parece que não quer saber disso, não. E por isso eu continuo desconfiado que tio Herinaldo, que já foi pro céu, e tia Malvina, que sequer enxerga mais, não souberam educar ela direito. Despacharam a mercadoria aqui pra casa e pronto. “Tome, se vire!”, foi o que me disse o outro primo quando veio trazer a moça com mala e cuia. Mas destá.
Outro dia, vendo o apartamento cheio de poeira, fui pedir à prima para fazer a faxina, ao menos nos quartos, e a danada mangou da minha cara. “Se quiser, vai ter que me pagar”, disse. Aí me retei. Fiquei furioso. Perdi o controle. Ameacei dar-lhe umas palmadinhas, mas ela nem tremeu. Pelo contrário. Correu pro quarto, pulou pra cama e fez graça com o bumbum pra cima: “Bata, se for homem!”.
Não teve jeito. Peguei a vassoura, respirei fundo, pensei na Lei Maria da Penha, e achei melhor começar a varrer o apartamento pela varanda. Só assim eu consigo me acalmar.

Gilson Sousa

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Inverno pode trazer surpresa ruim para Sergipe


Desconfio que o poder público sergipano aguarda somente a concretização de uma tragédia provocada pela chuva para tomar uma providência em relação ao bem estar e segurança da população. Estamos assistindo com temor os acontecimentos na vizinha Alagoas, quando até o momento 19 pessoas perderam a vida, e em Pernambuco, com 12 registros de morte. E tudo justamente por causa da falta de investimentos em infraestrutura, facilitando as coisas para as águas da chuva.
Em Aracaju, regiões como Zona de Expansão, Mosqueiro, bairro São José, Coqueiral, encostas de morros e até o badalado Jardins estão na iminência do perigo. Basta uma chuvarada um pouco mais forte que o comum e quase tudo vai, literalmente, água a baixo. E nada de o poder público enxergar isso. A depender das queixas expressas através da mídia, faz-se um remendo aqui e outro acolá. E pronto.
É bom lembrar que o temido inverno teve início hoje pela manhã. Por enquanto, as chuvas são esparsas e sem muita agressividade. Mas o céu insiste em permanecer nublado. E nem sempre as previsões de meteorologistas, principalmente aqui em Sergipe, costumam ser concretizadas. A natureza costuma surpreender.
Portanto, bem que essas autoridades que aí estão poderiam investir mais em obras necessárias para se evitar tragédias. As imagens vistas nos municípios alagoanos e pernambucanos são assustadoras, pois além das mortes, milhares de pessoas estão sem abrigo (17.719 pessoas estão desabrigadas e outras 24.331 estão desalojadas e morando temporariamente na casa de amigos e parentes). Ainda não há um número oficial de desaparecidos e os prejuízos materiais são incalculáveis.
A propósito, a foto mostra um pedaço do Jardim Jussara, na região do bairro Jardins, área nobre de Aracaju.

Gilson Sousa

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Luto na literatura portuguesa: Saramago morreu


A literatura portuguesa está de luto. Nossa língua mãe perdeu hoje o escritor português e Prêmio Nobel de Literatura em 1998, José Saramago, 87 anos. Aliás, único escritor de língua portuguesa a conquistar o prêmio mais importante da literatura mundial, o que prova o pouco caso que fazem com a nossa língua, já que no passado tivemos inúmeros escritores de altíssimo nível e que nunca foram contemplados com o Nobel.
Mas Saramago se foi. Diz a imprensa que ele morreu em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Durante algum tempo tive como livro de cabeceira uma coletânea de crônicas do português chamada ‘A Bagagem do Viajante’, livro que até hoje me ensina a conduzir com idealismo um texto literário. Mas José Saramago era um autor prolífico. Além de romances, publicou diários, contos, peças, crônicas e poemas. Ainda em 2009, lançou mais um livro, ‘Caim’.
A propósito, ‘Caim’ acabou de ser lido por dona Cleonice, mãe do Cleomar Brandi, que o achou intrigante. A obra retoma um personagem bíblico, subvertendo a versão oficial da Igreja Católica. E eu quero lê-lo mais tarde, pois apresenta semelhanças com o também seu ‘Evangelho segundo Jesus Cristo’, livro que não agradou aos religiosos, provocando grande polêmica entre os católicos, já que Saramago era um ateu convicto de esquerda.
Outro de seus romances, ‘Ensaio sobre a Cegueira’, narra uma epidemia em que os personagens perdem a visão, enquanto uma mulher a mantém, acabou virando filme de cinema pelas mãos do diretor brasileiro Fernando Meirelles. Atualmente Saramago estava preparando um livro sobre a indústria do armamento.
“Todo mundo tem armas, vivemos numa sociedade de violência, que é aceita e a televisão está nos dizendo todos os dias que a vida humana não tem nenhuma importância”, afirmou o português, durante entrevista em novembro. Portanto, esteja onde estiver, José Saramago terá sempre nossa admiração e gratidão pelo o que fez por nossa literatura.

Gilson Sousa
Fonte: www.ig.com.br

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Rei do futebol merece mais respeito e atenção


A imprensa brasileira, principalmente a rede Globo, é deselegante e até ingrata com o Rei do futebol mundial, o nosso Pelé. No universo inteiro, o jogador de futebol que conquistou três copas (58/62/70) é respeitado como a maior autoridade futebolística. Foi eleito o jogador do século XX e até hoje serve de exemplo para muita gente boa que pretende seguir carreira na profissão esportiva.
No entanto, basta o ex-jogador argentino Diego Maradona abrir a boca para falar mal de Pelé – morrendo sempre de inveja, é claro -, que a imprensa nacional reserva espaços generosos para repercutir as alfinetadas. Aliás, somos tão terceiromundistas, gente de auto-estima tão baixa, segundo a Globo, que perdemos tempo querendo fazer comparações entre os dois atletas. Não dá.
O argentino, sim, foi um craque de bola como foi Zico, Didi, Eusébio, Puskas, Platini, Baggio, Zidane, Ronaldinho Gaúcho e alguns outros mundo afora. Hoje não passa de um cidadão arrogante, ex-drogado, que não serve de exemplo pra ninguém. A imprensa bem que poderia enxergar isso. Mas sei não. Comportamentos como esse me cheiram a pitada de racismo, apesar de Pelé nunca na vida ter se envolvido favoravelmente com as questões dos negros no Brasil.
Portanto, pega leve imprensa brasileira! Respeite quem merece respeito e contribua para uma formação mais patriota, mais bairrista e menos subserviente às coisas que vem de fora. Temos o Rei do futebol, temos o maior número de títulos em Copas do Mundo, temos o conjunto de maiores craques espalhados pelos diversos campeonatos mundo afora, então, por que vangloriar um elemento que chegou a usar o nome de Deus para justificar uma de suas trapaças na vida? Pega leve.

Gilson Sousa

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Prisão do sargento Vieira é 'jogada de mestre' da galera do mal


Quando a política partidária se envereda pelos campos da baixaria e mesquinharia só quem perde é a sociedade. E quando políticos astutos e visivelmente mal intencionados resolvem abraçar uma causa inglória, só para tirar proveito eleitoral, quem perde também é a sociedade. Portanto, nesses casos vive-se a história do ‘se correr o bicho pega, se ficar o bicho come’. Ainda mais quando está em cena o grupo político que abraça a ideologia do ex-governador João Alves Filho, do DEM.
Vejamos o caso da prisão anunciada do policial militar Jorge Vieira da Cruz, sargento que dirige uma das associações que representam parte da corporação. Por determinação da Justiça Militar – atentem bem... Justiça Militar -, o dito senhor será detido nas dependências do quartel por cinco dias. Isso porque havia desrespeitado a hierarquia militar, intencionalmente, já que seu grupo se alimenta de aspirações políticas no cenário sergipano.
Pois bem. Um promotor de justiça militar – sim, existe Ministério Público Militar -, fez a denúncia contra o sargento que desrespeitou ordem superior, e o juiz militar – existe juiz militar – ordenou a detenção por cinco dias. Até aí nada de anormal, pois dezenas de militares são presos cotidianamente por casos diversos. A propósito, existe até um presídio militar – sim, um presídio militar -, onde ficam confinados bandidos fardados que apavoram a sociedade com seus crimes absurdos.
Mas vamos ao que interessa: o sargento Vieira, que será detido a partir desta terça-feira, sensibilizou parlamentares da oposição na Assembleia Legislativa e conseguiu transformar sua prisão num fato político. Ficou ao lado do astucioso deputado Venâncio Fonseca, com o aval de João Alves Filho, e decidiu propagar à sociedade sergipana que sua prisão decorre de ordem do governador Marcelo Déda. Vê se pode uma coisa dessas!
Mas o pior é que muita gente vai acreditar nisso. Nossa imprensa é ingênua e muitas vezes burrinha. Ninguém vai analisar friamente a questão. A comunicação do governo estadual, infelizmente, não está sendo capaz de amenizar tal estrago. E a culpa pela prisão do militar insubordinado irá mesmo recair sobre os ombros pesados de Marcelo Déda. Será uma jogada de mestre... daqueles que só pensam no mal, pois mais uma vez somente a sociedade sairá perdendo. Lamentável.

Gilson Sousa

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Vuvuzelas ou Galvão Bueno? Quem irrita mais?


Durante as transmissões dos jogos da Copa do Mundo da África do Sul, que começou hoje pela manhã, não sei o que será pior: aturar a narração irritante do ufanista Galvão Bueno ou encharcar os ouvidos ao som das não menos irritantes vuvuzelas. Mas isso para quem não tem TV por assinatura, é claro. O que, aliás, diz respeito à maioria do povo brasileiro. Quiçá mundial, já que em Sergipe, por exemplo, sequer temos a Bandeirantes nos canais abertos.
O barulho ensurdecedor das vuvuzelas sopradas pelos torcedores é mesmo fora de contexto. Chega a tirar sua concentração de vez em quando. Todavia, a voz de Galvão Bueno e o seu jeito autoritário de narrar conseguem azucrinar muito mais qualquer telespectador atento. Enfim, serão 64 partidas ao som das vuvuzelas, mas ainda bem que nem todas serão narradas pelo cidadão da Globo.
Já em relação às imagens, impressiona o show apresentado ao telespectador durante as partidas. Vários ângulos, câmeras distintas, precisão nos detalhes, closes, enfim, um espetáculo mesmo. E a novidade é que nesta copa 25 jogos serão transmitidos com a nova tecnologia 3D, utilizando sete pares de câmeras que permitirão o efeito a ser visto pelo público em salas de cinema mundo afora. Aí, sim, valerá à pena curtir o futebol.

Gilson Sousa

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Tenham mais prudência no trânsito


Em relação ao trânsito de Aracaju, juro que não tenho vocação alguma à santidade. Muito menos desejo. Aliás, detesto dirigir automóvel e o faço por mera necessidade diária. Mas nem por isso sou mal educado, não. Procuro seguir as regras de trânsito e não dou sopa para a SMTT abarrotar os cofres com a arrecadação de multas. À medida do possível, sou cauteloso sim.
O problema, quando o assunto é trânsito, é a atitude bárbara dos outros motoristas. E nesse contexto, duas delas me irritam profundamente: dirigir o carro e falar ao celular de forma simultânea, principalmente quando estiver fazendo curvas ou retornos; e convergir à direita ou esquerda e sequer acionar o pisca-pisca. Isso é praticamente um murro no meu estômago.
Mas não posso fazer nada, a não ser lamentar. Acompanho sempre os comentários revoltados do amigo jornalista Dílson Ramos (www.dilsonramosjc.blogspot.com), em relação ao comportamento de motoristas aracajuanos, e acabo sempre concordando com ele. A falta de educação é gritante. Pessoas são atropeladas, trucidadas e esmagadas por conta das imprudências. E até quando isso vai ser assim?
A propósito, quando acontece uma pane no sistema semafórico das principais ruas e avenidas (foto), aí é um ‘Deus nos acuda’, um ‘salve-se quem puder’, já que educação é uma plataforma distante no trânsito dessa nossa cidade. Portanto, prudência, companheiros, prudência. É o que lhes peço, já que se revestir de educação não parece ser do interesse da maioria dos motoristas e muito menos compromisso dos governantes.

Gilson Sousa

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A prima III


Cruz, credo. Já não aguento mais ficar acordado até tarde, todas as noites, só para fazer companhia à minha prima no sofá da sala. É que a danada adora ficar vendo televisão madrugada adentro. Alega ter insônia e não consegue ficar sozinha. Aí morre de medo e eu sou obrigado a permanecer lá também. Não sei pra quê. Já estou desconfiando que tio Herinaldo, que já foi pro céu, e tia Malvina, que sequer enxerga mais, criaram mal essa menina.
Eu admito que até acho essa moça engraçadinha. Mas é prima. Lá em Capela os moços dizem que é uma das mais bonitas do povoado, mas também ouvi dizer que a bicha é burrinha. Também pudera. Aqui em casa só quer ficar vendo novela e esses filmes de tiroteio. E ainda quer que eu assista. Repare se tem cabimento!. Só fico na sala porque tenho pena dela, mas as vezes nem dou ligança.
Ela gosta mesmo é de usar minhas camisetas de malha, de preferência as mais folgadas. Tadinha, sente um calor danado. Aí deita esparramada no sofá e fica com umas histórias de ‘primo querido pra lá, primo querido pra cá...’. Não gosto muito disso, não. Mas tenho pena dela, às vezes. A bichinha não tem maldade. O povo da rua é que fica falando coisa sem graça. Mas eu também não caio nas conversas dela, não. Só fico na sala até tarde porque tenho pena.
E quer que eu diga a verdade: essa prima é um enjôo sem precedentes. Às vezes fica pedindo para eu cortar as unhas dos pés dela, passar creme em tudo quanto é lugar, dar massagens, essas coisa chatas. Já estou vendo a hora de ela pedir que eu a depile. Aí tenha paciência. Deus me livre de fazer isso. Não sou besta, não. Prefiro ficar toda noite ali, de olho pregado nela, só pra ter a garantia de que a danada vai poder curtir a televisão sem se preocupar com nada. Deixe que eu passo o olho nas coisas.

Gilson Sousa

sábado, 5 de junho de 2010

Golaço do “Mais querido”


Sinceramente, gostei da atitude do pessoal que está no comando do tradicional Clube Sportivo Sergipe. Pra tentar levantar a moral do time de futebol, realizaram hoje o “Dia do mais querido”, uma espécie de massagem de ego numa das agremiações esportivas mais populares e respeitadas de nosso Estado.
Como o mundo inteiro sabe, eu sou Confiança de coração. Quando guri sonhador, cheguei a vestir a camisa azulina do juvenil durante alguns torneios. Tive como treinador o grande radialista Fernandes Dória, que também nos ensinou a amar e respeitar o tradicional Dragão do bairro Industrial. E isso me basta.
Mas o que quero dizer é que realizações como esta, do Sergipe, estão sendo mais que necessárias para tentar tirar da lama o pobre futebol profissional que a gente tem aqui. O pessoal do “Mais querido” foi feliz. Juntou um monte de empresário, recebeu apoio da TV Atalaia, organizou uma festa com direito a transmissão ao vivo pelo programa de Fabiano Oliveira, e conseguiu mexer com a emoção do torcedor. Tudo isso Às vésperas da Copa do Nordeste.
Enquanto isso, meu time, que também vai participar da Copa do Nordeste, achou por bem resgatar comandantes e comandados biriteiros que só trarão dor de cabeça durante a importante competição regional. Fazer o quê, né.???!!!. Apenas torcer para que os vexames sejam minimizados, já que dentro do elenco também se encontram profissionais sérios que merecem nosso respeito e admiração. Mas nada de ilusão.
A propósito, além da boa iniciativa do rival Sergipe na manhã de hoje, o que mais me chamou a atenção durante a transmissão da TV Atalaia foi ver o deputado federal Albano Franco, sócio majoritário da concorrente TV Sergipe, dizendo com voz trêmula que dará todo o apoio possível ao futebol sergipano. Lenga-lenga. Até porque, enquanto ele resmunga isso, o pessoal do jornalismo esportivo de sua emissora continua boicotando acintosamente o futebol profissional.
Uma pena para o Estado, para o povo, para o bom jornalismo e principalmente para os profissionais envolvidos com o esporte que no restante do país é o mais badalado e cultuado. Mas independente dos agourentos, viva o pobre futebol sergipano e suas boas iniciativas. Viva!

Gilson Sousa

terça-feira, 1 de junho de 2010

Big brother infantil nas escolas do país


De forma bastante inteligente, a equipe de jornalistas do Telejornal Hoje (Rede Globo) criou um quadro chamado “Vai dar o que falar”. Discute essencialmente pautas do Congresso Nacional que podem mexer com a vida do cidadão brasileiro. Sejam elas idiotas ou não. O fato é que traz à luz fatos que merecem mesmo uma boa discussão. Hoje mesmo eles abordaram um projeto de lei que prevê a instalação de câmeras de vigilância dentro de escolas infantis, seja ela pública ou privada.
De acordo com a matéria, o projeto em discussão no Congresso obriga todas as escolas de educação infantil a instalar câmeras para monitorar as crianças de até 6 anos e professores. O objetivo é coibir casos de violência na primeira infância. Mas será que isto é certo? Eu mesmo sou contra. Essa moda big brother não pode pegar assim aleatoriamente. É um precedente perigoso. Daqui a pouco vai ter câmeras nos banheiros, nos alojamentos das crianças, e a direção da escola vai dizer que está amparada na lei.
Já imaginou esses equipamentos em escolas públicas de bairros – com todo o respeito – como Santa Maria, Conjunto Jardim e por aí afora? Seria, certamente, dinheiro público jogado no lixo. E muito dinheiro, por sinal. Esses equipamentos custam caro, e isso sem contar com os custos de manutenção e operação. Portanto, esse deputado que teve a ideia de apresentar o projeto, deveria mesmo era... deixa pra lá. Afinal, seu projeto de lei deu no que falar.
Quanto à reportagem do Jornal Hoje, as várias opiniões prós e contras a ideia das câmeras foram exibidas de forma democrática. De acordo com o vídeo, uma escola particular em Brasília já usa o sistema de monitoramento. As câmeras estão espalhadas pelos corredores e também nas áreas de recreação, bem por isso, de casa, pela internet, os pais acompanham o que acontece com os filhos no prédio da escola. Mas pergunto novamente: isto é correto?
Uma outra escola, segundo a reportagem, vai na contramão da ideia. Ela valoriza na aprendizagem, a vivência dos alunos. Por esse motivo, a palavra das crianças em questão vale mais do que qualquer imagem. Ou seja, quando o aluno conversa com os pais sobre o dia na escola, o que conta é a sua palavra. “Se você declara que tem uma monitoração, você tira essa naturalidade”, garante Julia Passarinho, diretora da escola citada.

Gilson Sousa