domingo, 31 de janeiro de 2010

Nem Susy sabia que estava na Caueira


Esses fatos inusitados parece só acontecer ao nosso redor. Estávamos ontem à noite curtindo mais uma edição do Verão Sergipe, evento organizado pelo governo estadual na praia da Caueira, quando o cantor da banda mineira Skank, Samuel Rosa, revelou ao público que sequer sabia onde estava tocando. Acreditem.
Em determinado momento do show confessou que aquela era uma situação de certa forma constrangedora, justamente porque não havia sido devidamente informado sobre a localidade. Aí, com um pedaço de papel na mão, perguntou: “Aqui é o município de Itaporanga d’Ajuda, não é?”. Respondeu o público: “É”. “Praia da Caueira, certo?”, continuou Samuel. “Certo”, devolveu a platéia. “Então tá bom. Já que aqui é uma praia, viremos novamente amanhã pegar umas ondas e beber umas cervejas”, saiu-se o artista.
Ao meu lado, Susyane, a bela e espevitada irmã de Synara Noronha, que inclusive estava hospedada numa pousada local, virou para mim e disse: “Na verdade nem eu sabia que aqui é Caueira. Pensava que estava em Abaís”. “Tem certeza disso?”, perguntei meio espantado. “Ligue não, é que eu sou meio desligada mesmo”, garantiu a moça.
Logo depois, refletindo sobre o episódio notei que a organização do evento havia literalmente escondido a praia da Caueira. Ou seja, colocou um muro metálico entre a calçada e a areia ao longo de toda a área do palco – que ficou de costas para o mar – e os bares. Os desavisados poderiam até pensar que estavam mesmo em Marte.
Todavia, mesmo levando em conta as falhas de produção artística e a pouca importância que Sergipe tem no roteiro desse povo, acredito que as pessoas precisam ter conhecimento da geografia e respeito à autonomia das cidades. Afinal de contas o artista lê, eu creio, sua agenda antes de subir ao palco.
Em tempo: esse problema de produção parece ser geral. Também na Caueira a baiana Daniela Mercury não se cansava de falar em Aracaju quando se dirigia ao público. Em Laranjeiras, recentemente, a mimosa Vanessa da Mata despediu-se da platéia após o show saudando a cidade de Aracaju. Então, é ou não é coisa que só acontece por aqui? Diga.

Gilson Sousa

Foto: Marco Vieira

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Papo de anjo torto


Sou eu. Não canto nem danço. Às vezes toco. Mas de braços cruzados. Sou dependente de mim mesmo. Dragão sem língua, sem olho. Tomei a espada de Jorge para proteger você. Se correu, correu. Pronto. Não era por isso que eu tinha que deixar de ajudar. Já tinha presenciado tanto amor escorrendo pelas mãos. Tinha visto caçadores de fantasmas destemidos atrás de portas. E mesmo assim tudo estava sob controle. Ontem mesmo percebi você dançando. Olhei somente. Já disse. Não canto nem danço.
Mas sempre quero ajudar você. “Por que o amor nunca chega na hora certa?”. Porque o cérebro é viajante. Se cantasse, se dançasse... O olho da vida é rude. Quase ninguém repara nisso. Eu sim. Bronco que sou. Preparado para proteger você. Mas sofro por ser imediatista. Sou eu. Cavaleiro almejante. Espada longe da bainha. Praticamente um gangster apaixonado. Sem mira. Mas com a intenção de proteger você. Afinal, anjo nunca teve face. Sequer sentimento.

Gilson Sousa

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O imortal do texto sóbrio


O fato havia passado em branco aqui no blog, mas agora retomo com muita satisfação. Em boa parte pelo merecimento, em outra pelo comentário de um amigo meu, Leonel Guimarães - um desses bons escritores que vivem encobertos pelo manto da timidez - sobre o poeta Amaral Cavalcanti, eleito recentemente para uma cadeira na Academia Sergipana de Letras.
“Para mim, em Sergipe é o escritor mais sóbrio que existe. Seus textos são muito bem construídos”, comentou Leonel. “E é mesmo”, respondi. “Só fico em dúvida em relação à sobriedade. Se você estiver se referindo ao texto, acertou em cheio. Mas se acaso o ‘eu poético’ do Amaral entrar em cena, aí será um dos escritores mais ébrios da atualidade. Com todo respeito”, complementei.
Sim, o velho Amaral, homem que possui nas veias e na memória tudo o que um bom poeta precisa, é chegado a um bom vinho ou wisky na hora de produzir. Aliás, parece ser um habito bem nosso. Ele, como tantos outros, tem a boemia como companheira, tem os afagos da noite, tem os amores de então, tem os quitutes mais saborosos, o vinho mais precioso, a palavra mais descabida, a brisa mais precisa, o uivado mais incomum, a visão mais prazerosa, o sussurro mais preciso, o diálogo mais conveniente, o papo mais convincente.
Por isso tanta sobriedade no texto do imortal. E aliás, com todo respeito aos demais membros, mas a Academia Sergipana de Letras tem a honra agora de abrigar como filho o mais sensível e verdadeiro dos poetas desta terra. E chama-se Amaral Cavalcanti, sim senhor. O outrora marginal, “um subversivo agente da contaminadora ideologia da cultura”, como disse o escritor Ezequiel Monteiro, agora vestirá o fardão acadêmico e, quem sabe, inovará nos encontros da entidade. Trocará o tradicional chá por boas doses etílicas. Não duvidem.


Gilson Sousa

sábado, 23 de janeiro de 2010

Ali mora um menino


Chico Ribeiro Neto (chicoribe@gmail.com.br)

Ando sempre até o Porto da Barra e depois estico um pouco, pelo fundo do Iate Clube. Com a maré vazia, consigo ver as pedras da minha infância.
Menino, lá pelos dez ou onze anos, a gente saía em turma da Praia do Unhão, com a maré vazia, caminhando pelas pedras. Era uma festa.
A gente passava pela Gamboa, descia mais um pouco e já estava nos quintais dos casarões da Vitória. Era a hora de roubar manga e jaca dos quintais. Os empregados das mansões jogavam grandes pedras a rolar pela encosta. O aviso era: “Lá vem torpedo!”. E todo mundo corria, alguns se abrigavam atrás de um tronco de mangueira e só ouviam a porrada do torpedo chegando.
Era uma festa, uma verdadeira celebração de infância. Me lembro do dia em que entramos de penetra no baile infantil do Iate Clube, às quatro da tarde, com a roupa na cabeça. E depois que chegamos até a piscina, um de nós gritou: “Papai tá chamando lá em cima”.
Mas festa boa também era na bóia da Panair. Tinha um amigo de infância que o pai trabalhava na Panair e deu pra ele uma câmara de ar de pneu de avião. Era um sucesso na Praia da Unhão.
Sucesso maior era quando vinham duas filhas de pescadores, cada uma mais gostosa do que a outra, pedir para dar uma volta. E aí chovia menino. A bóia no meio do mar, as duas de maiô na beirada, e todo mundo em volta. Parecia um bando de piranhas atacando. Às vezes, uma delas ia para o meio da bóia, onde era mais fácil pegar.
Na volta pra casa, felizes e molhados, um perguntava ao outro: “Você pegou aonde?”

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Recado em preto e branco


“Você é a parte podre do meu sonho”. Até entendo. Mas o amor é uma benção. Uma providência. Mesmo contrariando sentidos. Muitas vezes deixo a vida de lado só para entender você. Uma espécie de mutação me ocorre. Sou eu dentro do seu sonho. Mesmo podre. Clamando por uma mágica qualquer, quando tudo fizer sentido.
Agora deixo o sangue correr amiúde. E nem é tanta coisa assim. É um coração descompassado. Um grito desordenado. Mas na cabeça dela tudo é perfeito. Tudo é cor de rosa. Só que muitas vezes nem eu entendo tanta imperfeição. Queria apenas amar. Deixar de lado a podridão. Explodir, talvez. Isso para mostrar que o amor tem várias faces. Coisa óbvia. Mas alguém ainda precisa aprender algumas lições em preto e branco.

Gilson Sousa

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Parece que só a Globo quer Ronaldinho Gaúcho


Chega a ser inoportuna a campanha deslavada que a Rede Globo vem fazendo para que o jogador Ronaldinho Gaúcho seja convocado para ir à Copa do Mundo da África do Sul em julho deste ano. Pelo o que se vê, todos os programas esportivos da emissora estão orientados a pautar os repórteres para questionar quem quer que seja sobre o assunto. O principal deles, Esporte Espetacular, só faltou dizer que o cara é uma espécie de deus injustiçado.
Todo mundo sabe que Ronaldinho Gaúcho é mesmo um craque de bola. Já teve seu auge na carreira. Foi eleito o melhor do mundo pela Fifa em 2004 e 2005. Em 2009 recebeu o título de jogador da década concedido pela revista World Soccer. Foi campeão do mundo em 2002 pelo Brasil, mas nunca atuou do jeito que sempre se espera dele. Isso é um problema.
Aliás, problema também é que a camisa da seleção brasileira parece pesar demais no corpo dele. Algo que não acontece, em geral, com as camisas de clubes. Agora, por exemplo, voltou a jogar um bolão pelo Milan italiano. Mas quem garante que faria o mesmo pela seleção brasileira? Ninguém. Por isso que acho melhor não ir com muita sede ao pote e defender de forma transloucada a convocação dele.
A propósito, numa entrevista coletiva há uns dois meses, o técnico Dunga foi claro: “Não me façam cometer o mesmo erro que cometeram em 2006”. Ou seja, disse isso para que a ‘grande imprensa’ reflita sobre a influência que teve na convocação de Ronaldo Gordo para aquela copa que acabou sendo um fiasco para o Brasil. Pense bem.

Gilson Sousa

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Raios, trovões, vento forte e granizo: tá ligado?


Há tempos não presenciava tantos raios e trovões cortando o céu de Aracaju. Vi isso, com certo espanto, na noite de segunda-feira, 11. Estava na La Bodeguita, boteco aconchegante na avenida Tancredo Neves, quando de repente os trovões ecoavam com gosto de gás. Os raios se apresentavam como flechas de luz cruzando o espaço. De longe, um espetáculo. Tanto é que o repórter-fotográfico Marco Vieira resolveu registrar com precisão o fato. Taí na foto.
No dia seguinte abri os jornais locais e vi que uma tremenda chuva de granizo e ventos desconcertantes haviam devastado localidades do sertão sergipano. Os municípios de Porto da Folha, Poço Redondo e Canindé do São Francisco foram atingidos pelas chuvas, registrando um grande número de casas destelhadas e árvores arrancadas nas avenidas. O que é que há, meu irmão?
Pelo o que sinto, até os meteorologistas estão embananados com as mudanças climáticas. Quase nunca acertam em suas previsões, apesar de tanta tecnologia à disposição. E ainda bem que esse temporal de verão não tirou a vida de ninguém. Serviu como alerta. Afinal, não tem quem não escute uma trovoada e não enxergue uma rajada de raios quando o alerta da natureza se mostra tão preocupante.

Gilson Sousa

domingo, 10 de janeiro de 2010

Um astro da MPB em minha mesa de bar


Vou logo avisando que não teve registro fotográfico, mas depois explico por que. A história é a mais inusitada nesse início de ano etílico ao lado de Cleomar Brandi e Paulo Lobo, velhos companheiros de farras. Estávamos sábado no Bar do Bel, dentro do Iate Clube de Aracaju, quando vejo descer de um barco de pesca no ancoradouro do rio Sergipe ninguém menos que Lenine. Ele mesmo, o cantor pernambucano que naquela noite faria show em Laranjeiras.
De maneira natural, esperamos ele se acomodar no ambiente próximo ao estacionamento das lanchas. Ali estava um astro da MPB, um poço fundo de talento nessa música que fazem hoje no país. Não demorou muito e fui lá cumprimentá-lo. O cara foi de uma naturalidade pouco comum. “Lenine”, disse eu. “Olá, rapaz. Tudo bem?”, devolveu ele. Como não poderia estar tudo bem? Estava sim. Daí conversamos em pé por alguns minutos.
A bem da verdade, falamos de música, é claro, e de Laranjeiras, cidade desconhecida dele até então. Forneci várias informações, não só da cidade como também do festival no qual ele seria atração musical da noite. O papo foi ótimo. E sem muita cerimônia convidei-o a juntar-se a Cleomar e Paulo na mesa do bar do Bel. Ele foi sem fazer beicinho. Pelo contrário. Deu um show de simpatia e simplicidade entre a gente, fazendo questão de permanecer como se fôssemos velhos amigos.
Lenine, o autor da bela “Paciência”, ficou encantado com o cadeirante Cleomar fazendo piadas com sua própria condição física. “A vantagem de ser assim é que mulher nenhuma consegue grudar no meu pé”, disse o jornalista, em meio a gargalhadas deliciosas do incrédulo Lenine: “Foi diabetes?”, perguntou. “Não, foi cachaça mesmo”, respondeu Cleomar. “Ah, sei”. “E você, Lenine, bebe?”. “Que nada. Deus me livre!”, garantiu o pernambucano, caindo numa nova gargalhada irreparável.
Por fim, com Paulinho igualmente encantado com a visita ilustre na nossa mesa de bar, Lenine passou a gabar-se por ter conseguido pescar uma cavala de quase um metro de comprimento. “Não é conversa de pescador, não”, avisou o músico, sempre soltando gargalhadas. Quanto à foto do encontro singular, estávamos todos preparados para o registro histórico. Lenine abraçando Cleomar e Paulo Lobo. Eu com a máquina na mão, dedo no botão do click, mira enquadrada, sorrisos apostos e... acabou a bateria. Acredita?

Gilson Sousa

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A face cruel da insônia


Estou com pressa. Talvez desalinhado com o tempo. Pensando pouco. Querendo muito. Mas com muita pressa. Ontem mesmo dispensei a boemia. Não sei por que. Vi fragmentos de mim sendo jogados no mar. Medo. Sem solidez nada se sustenta. Quase nada. Portanto, não há porta de regresso. Não há canção de boas vindas. O que existe é a pressa. É a retomada do que se perdeu em mim. Um desgoverno. Longe do que é sagrado. Carcará avançando no peito. Olhos de fogo. A necessidade de correr o universo que não há em mim. Talvez por isso a pressa. A manhã que não desaba. Acho até que já ouvi aquele apito antes. Quanta malvadeza. Ao lado, a mulher que me cabe. No berço, a consciência triste. Um dia o Senhor explicará o susto. Agora só quero atravessar o tempo. A mala carregada de pressa. Chego já. Quem sabe?.

Gilson Sousa

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Adeus, amigo João.


Luto oficial no mundo da música. Dolorosa perda. Morreu hoje o músico e produtor cultural João Mello, um dos maiores orgulhos de Sergipe na era moderna. De voz potente, violão refinado e composições elogiáveis, João fez sucesso no rádio sergipano nas décadas de 1940 e 1950. Depois disso, partiu para o Rio de Janeiro e arriscou a carreira de artista da noite. Chegou a se apresentar nos melhores clubes, boates e casas de shows das terras cariocas. Foi respeitado e admirado por gente como Cauby Peixoto, Baden Powell, João Donato e outros.
No Rio, ainda jovem, João Mello trabalhou muitos anos ao lado de Chico Anísio, na produção do programa humorístico da rede Globo. Já na gravadora Som Livre foi o braço direito de João Araujo, o diretor-geral, abrindo as portas para grandes talentos que despontavam à época. Entre eles, Djavan, Jorge Benjor, MPB4 e vários outros. “João Mello sempre foi muito especial para mim”, disse-me o próprio Djavan em sua passagem por Aracaju em 2008.
Pessoalmente, conheci João em 1990 quando fui seu entrevistado no programa ‘Videoteca Aperipê’. Muitos anos depois o entrevistador fui eu. Isso quando estava completando 80 anos de idade. Daí pra cá, mantivemos um certo contato pessoal, sendo que o mais instigante deles está relatado no seu livro biográfico, quando tomamos uma ‘taboca’ de Djavan num hotel da orla de Atalaia. Fato consumado.
Nos últimos anos vivendo em Sergipe, João Mello lançou o cd ‘Coração só faz bater’, um belo disco com sambas sofisticados, e também o livro ‘João Ventura – Cidadão de Aracaju’, o referido biográfico. Aliás, este livro foi escrito em parceria com o irmão Raymundo Mello, contando toda a trajetória de João desde que veio da Bahia, ainda no colo dos pais, até o sucesso profissional no Rio e em Aracaju.
E nesse momento de tristeza para todos nós, peço apenas que Deus reserve um lugar de honra para o meu amigo descansar em paz ao lado dos bons. Vai, João, ficar em paz onde quer que seja. Sua história por aqui foi muito bem contada e todos nós teremos sempre orgulho de sua passagem. Adeus, amigo.

Gilson Sousa

sábado, 2 de janeiro de 2010

Essa São Silvestre está ficando sem graça


Vou começar o ano fazendo um elogio à postura da mídia televisiva – diga-se rede Globo – em relação à cobertura feita após os resultados da corrida de São Silvestre, em São Paulo. De fato, está ficando sem graça ver essa prova de rua. Uma chatice, já que nos últimos anos somente os africanos conquistam os primeiros lugares, tanto no masculino quanto no feminino.
Acontece que os jornalistas da Globo não pensaram duas vezes este ano. Deixaram de lado a festa queniana e ajustaram o foco das reportagens nos fatos inusitados da corrida. Por exemplo: o Globo Esporte, principal programa do gênero na emissora, preferiu mostrar que tinha gente correndo os 15 quilômetros pelas ruas de São Paulo de sandálias, ao invés de tênis; que tinha muita gente fantasiada, gente descompromissada, descontraída, enfim.
A Globo sabiamente mostrou também a chegada da última colocada, uma senhora gordinha de Brasília, que cruzou a faixa sendo muita aplaudida pela multidão que já estava na avenida Paulista à espera da festa de réveillon. Uma beleza de matéria. Quanto aos vencedores africanos, a emissora limitou-se a mostrar flashes das chegadas e dizer o nome de cada um. No masculino foi o queniano James Kipsang Kwambai, que venceu pela segunda vez consecutiva. No feminino ganhou a queniana Pasalia Chepkorir. Tudo muito sem graça.
Aí, meu amigo Paulo Lobo, músico dos bons, foi logo defendendo mudanças no regulamento da corrida. Para ele, com todo respeito, deveria haver uma categoria específica para os quenianos. Acha que somente assim um brasileiro teria chances de ganhar e alegrar a nação, já que trata-se de um dos maiores eventos esportivos do mundo. “A gente fica fazendo festa para aqueles caras. Assim não dá”, reclama o músico, dublê de desportista.

Gilson Sousa