sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Lula, o doutor


O bando de preconceituoso desse país teve que engolir a seco o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receber na Universidade Federal de Viçosa (MG), o seu primeiro título de doutor honoris causa. Logo ele, um homem tão criticado pelos imbecis por não possuir um diploma universitário. Pois bem.
Nesta sexta-feira, 28, o nosso histórico ex-presidente, que já havia dito que só aceitaria receber esse tipo de honraria após deixar o governo, foi homenageado pela universidade mineira e a partir de agora tem que ser tratado da mesma forma como os que obtiveram doutorado acadêmico. Ou seja, é um doutor sim senhor. Doa em quem doer.
“Vocês não têm dimensão de como um homem que já passou por todas as emoções que um homem pode passar se sente emocionado ao receber hoje o meu quarto diploma: o primeiro diploma do primário, o segundo diploma do Senai, o terceiro diploma de presidente da República e o quarto diploma, de doutor honoris causa aqui da Universidade Federal de Viçosa”, disse o ex-presidente Lula.
E completou: “Vocês não imaginam o que vai acontecer neste mundo agora, quando as pessoas olharem para mim com desdém, porque eu não tenho diploma universitário, e eu vou mostrar aquela foto, vestido como doutor honoris causa de Viçosa”. Muito bom.
Certamente outras homenagens virão por esse Brasil afora. Nada mais justo. Afinal, o homem sem diploma universitário foi o responsável pela significativa transformação da realidade do ensino superior no Brasil. Não há quem conteste.

Gilson Sousa
Fonte: www.ig.com.br

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Filho de político tem que estudar em escola pública


Quando se trata de parlamento no Brasil, a produção de ideias originais para mudar de forma significativa a qualidade de vida do povo desse país é um desastre. No entanto, um projeto de lei apresentado em 2007 pelo senador Cristovam Buarque merece atenção máxima e até manifestações favoráveis pelas ruas do país.
Trata-se de uma lei que obriga políticos eleitos a matricularem seus filhos em escolas públicas. De acordo com a proposta do senador, todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, etc.) seria obrigado a colocar os filhos na escola pública.
As conseqüências, segundo ele, seriam as melhores possíveis. Isso porque quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil, é verdade.
Hoje não tenho conhecimento do andamento do projeto no Senado. Sei apenas que diz respeito ao Projeto de lei nº 480, de 2007, e o texto deixa claro que o assunto deverá estar em vigor em todo o país, no máximo, até janeiro de 2014. Vale à pena ler o conteúdo do projeto através do link: http://www.senado.gov.br/atividade/Materia/getPDF.asp?t=51480.
E ainda que você acredite que não pode fazer nada a respeito da aprovação ou não do projeto no Senado, pelo menos passe adiante o assunto e busque uma discussão com alguém que possa fazer algo de mais concreto. Essa seria uma gigantesca contribuição para o desenvolvimento cultural e educacional desse país.

Gilson Sousa

sábado, 8 de janeiro de 2011

Flamengo das grandes besteiras


De uma coisa eu tenho certeza: o Flamengo é um time tão grande que não se contenta com pouca besteira. Não basta ser campeão brasileiro em um ano e no seguinte brigar para não ser rebaixado. Não basta trazer o eterno ídolo Zico para integrar a diretoria e meses depois enxotá-lo feito cão vira-lata. Não basta ocupar páginas policiais na imprensa mundial e fazer de conta que está tudo bem. Não, nada disso basta.
Agora o Flamengo, o maior e mais desorganizado time do futebol brasileiro, quer contratar o veterano Ronaldinho Gaúcho para aumentar suas dores de cabeça. Ou melhor, as dores de cabeça da torcida. Disso não tenham dúvidas. O cara é bom de bola, sim. Mas é marrento. É uma espécie de garoto-problema. Só joga bola quando quer jogar. Tem dinheiro demais. Vai ganhar dinheiro demais. Sem delongas, vai criar clima de insatisfação no elenco do time. E no final das contas, não vai render muita coisa.
Escrevam aí: o cara vai ficar tanto tempo entregue ao departamento médico, que a torcida vai começar a exigir sua saída. O único ponto positivo nessa história toda, e é por esse ângulo que estão enxergando a coisa, é o chamado investimento de marketing. Espera-se, pelo menos, que com ele no elenco seja possível vender ainda mais camisas oficiais, assim como outros produtos temáticos do Flamengo. Talvez seja o que resta para amenizar o tamanho da primeira grande besteira de 2011.

Gilson Sousa