quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rio: essa guerra não é de agora


Não é de agora que a guerra entre traficantes e policiais do Rio de Janeiro está declarada. Isso ocorre há tempos. A luta pelo domínio de território do tráfico naquela cidade é intensa. Portanto, tudo isso que o povo brasileiro está vendo exaustivamente através das emissoras de tv neste momento, sem dúvida alguma já virou rotina para muita gente naquela cidade dita maravilhosa. Infelizmente.
Curiosamente, todo esse sensacionalismo midiático ocorre após a explosão de sucesso do filme Tropa de Elite 2. Um filme, aliás, que desvenda muito bem os bastidores da corrupção que alimenta esse tipo de guerra no Rio. Então não me venham pra cá com histórias de que esse acirramento entre traficantes e policiais é pura bossa nova. Não é. O que há é um desmoronamento do sistema estatal de segurança pública e o iminente risco de colapso na população.
Mas cá pra nós: o Rio não merece isso. Hoje mesmo vi no noticiário o chefe do Estado-Maior da Policia Militar carioca, comandante Álvaro Garcia, declarar: “Estamos em uma guerra”. Sim, estamos. Mas por enquanto os 170 homens do Bope que fazem a chamada megaoperação do Morro do Cruzeiro, com apoio de 80 fuzileiros navais, estão apenas posando para as câmaras de tv.
O problema é que daqui a pouco, quando começarem a voar corpos de bandidos por todos os lados, vai aparecer um monte de gente invocando os tais dos ‘direitos humanos’ e condenando a ação policial que busca livrar a população do terror. Você duvida? Então, se estiver no Rio, melhor é seguir a orientação do comandante da PM e não sair de casa, pelo menos nesta quinta-feira (25).

Gilson Sousa

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Bajulações ao extremo


Por vezes, essa nossa imprensa tupiniquim extrapola os limites do bom senso. Vejam vocês que hoje me deparei com a seguinte manchete num dos portais de notícias que leio diariamente: ‘Guia do bajulador: Saiba como se dar bem com Dilma Rousseff’. Isso mesmo. Uma matéria escrita por Andreia Sadi e Ricardo Galhardo para orientar o brasileiro sobre modos de bajulação à nossa presidenta recém-eleita. Isso é quase inacreditável.
Mas vamos lá. Diz a matéria ‘jornalística’ que Dilma “é chocólatra, não fuma e adora cantar; em compensação, não tem paciência com quem fala sobre o que não entende”. Creio eu que do mesmo jeito que o povo esclarecido não tem paciência com quem escreve besteiras. Mas vamos lá novamente. Como dica de bajulação, diz o texto que “Dilma costuma também passar nas lojas de souvenirs durante as viagens. Ultimamente, ela tem demonstrado preferência pelas lembrancinhas ao neto Gabriel”. Quer mais o quê?
Mais basbaquice, é claro. Então vamos. Preste atenção: “Nada irrita mais Dilma do que uma ordem não cumprida. Ela fecha a cara e às vezes chega a perder as estribeiras. O clima fica azedo”, diz a matéria. “Se combinar ou prometer alguma coisa, cumpra da forma e no prazo combinados. Do contrário o risco de levar um pito em público é grande”. Então já chega, né. Se você quiser conferir mais, acesse o link: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/guia+do+bajulador+saiba+como+se+dar+bem+com+dilma+rousseff/n1237829838857.html.
Eu tô fora dessa.

Gilson Sousa

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

F1: Esporte decadente


Se tem algo que definitivamente perdeu a graça, o encanto, o entusiasmo de torcedor, esse algo é a Fórmula 1. Esporte decadente, do ponto de vista competitivo, está ficando cada vez mais distante do povo. Para o público, o esporte só resiste porque a Rede Globo precisa a qualquer custo manter as cotas de patrocinadores. Não fosse isso, já nem ocupava mais espaço na tela da tv.
No passado, todo mundo sabe, tivemos Emerson Fitipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna vencendo corridas e conquistando títulos. E isso era vital para alimentar a paixão do brasileiro pelo esporte. Chegava a ser programa obrigatório acordar mais cedo nos domingos de corrida mundo afora só para ver os ídolos na pista. Mas isso acabou praticamente com a morte de Ayrton em 1994.
Hoje, o que se vê é uma série de manipulação nos resultados finais, principalmente quando envolve a equipe Ferrari. E o curioso é que tem sempre pilotos brasileiros se dando mal nessa história, pois foi assim com Rubens Barrichelo e está sendo assim com Felipe Massa. Portanto, diante desse esporte em que a máquina é mais importante que o homem, melhor mesmo é prolongar as horas de sono nos domingos e depois procurar outra coisa pra fazer. Até porque, ao longo do dia a gente fica sabendo dos resultados nos noticiários de jornal e tv.

PS: neste domingo tem corrida no Brasil. Você sabia? Ainda bem que é à tarde.

Gilson Sousa