quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Marisa, a inútil


Para mim, uma coisa é certa. Se daqui pra frente o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva entra para a história desse país como o maior presidente que a República brasileira já conheceu, a senhora Marisa Letícia Lula da Silva, também entra como a primeira-dama mais inútil em todos os tempos.
Como disse o colunista da Folha de S. Paulo, José Simão, a mulher entrou muda e vai sair calada. Ninguém nesse país conhece sequer a voz dela. Não existem ações sociais comandadas por ela, como é de praxe entre as primeiras-damas; não existe campanhas educativas tendo ela à frente; não existe nada, a não ser o noticiário com gastos fabulosos e ostentação de riqueza sem precedentes. Mas estamos no Brasil, o país das controvérsias.
E para não ser totalmente injusto com a moça, filha de imigrantes italianos, é bom dizer que seu maior feito na vida política do país foi cortar e costurar a primeira bandeira vermelha do Partido dos Trabalhadores, em 1980. Acho que tá bom.

Gilson Sousa

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Protesto louvável contra aumento salarial dos políticos


Finalmente alguém colocou a ‘boca no trombone’ em relação ao generosíssimo aumento salarial dos políticos brasileiros. Pensei que os 198 milhões de brasileiros estavam engolindo calados esse absurdo. Mas eis que hoje pela manhã um grupo de estudantes em Brasília saiu às ruas para protestar. Atitude muito digna.
O fato é que o nosso honrado Congresso Nacional aprovou no dia 15 de dezembro um projeto de lei elevando para R$ 26,7 mil (cerca de 68%) o salário dos próprios parlamentares, do presidente da República, do vice e dos ministros de Estado a partir de 1º de fevereiro de 2011.
Enquanto isso, várias categorias de trabalhadores brasileiros por aí afora são obrigadas a se contentar com reajustes salariais entre 5% e 7%. Já o salário mínimo, que é a base de muita gente, não passará de R$ 540,00. Então, palmas para os estudantes que fizeram o protesto na rampa do palácio do Planalto em Brasília. Pelo menos isso.

Gilson Sousa

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sergipanos desprezados por Dilma


Estou começando a ficar com a impressão de que a presidenta eleita do Brasil, Dilma Roussef, não gosta mesmo de Sergipe. No entanto, nem imagino o que o povo daqui tenha feito de mal a essa poderosa mulher. O que sei é que desde que se iniciou a campanha eleitoral deste ano, ela vem demonstrando um desprezo enorme pelo nosso pequeno Estado. E olha que o presidente nacional do partido dela, o PT, é um sergipano, o Zé Eduardo Dutra.
Digo isso, de forma até indignada, porque durante todo o processo eleitoral ela sequer pisou os pés em território sergipano. E para quem não sabe, nós somos sim uma unidade da federação brasileira. Não importa o tamanho territorial, somos um Estado dentre os 27 da Nação. E uma mulher que buscava a eleição de presidente do país, sequer passou por aqui na campanha. Foi ou não foi?
Agora vem essa história de Ministérios. Primeiro o caso do senador Antônio Carlos Valadares. Queriam oferecer a ele um ministeriozinho qualquer, só para abrir espaço para Dutra no Senado, já que é o primeiro suplente de Valadares. Não deu certo. Nosso senador simãodiense bateu o pé e não aceitou migalhas. Tá certíssimo.
Passado esse episódio, agora foi a vez de Maria Lúcia Falcón, a técnica mais competente dos governos de Marcelo Déda em Sergipe, entrar na história. Primeiro a imprensa local e a nacional propagaram com alardes que ela seria a ministra do Desenvolvimento Agrário. Ouvi discursos e mais discursos elogiosos, tanto pela indicação da presidenta Dilma, como pela competência da indicada. Mas nada.
Eis que hoje sai na imprensa nacional que Dilma acaba de fechar o quadro ministerial e o nome para o Desenvolvimento Agrário não é o de Lúcia Falcón. Quem comandará a pasta é o deputado Afonso Florence (PT-BA). A desculpa, segundo as notas, é que a sergipana enfrentava resistências da corrente interna do PT, Democracia Socialista (DS), que está no comando do Desenvolvimento Agrário desde 2003. É mole? E a presidenta do país não dá pitaco nisso não, é?

Gilson Sousa

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Menos Papai Noel e mais Jesus Cristo


Desde que me entendo por gente e sinto na pele esse calor infernal do verão nordestino todos os anos, jamais acreditei nessa história de Papai Noel vestido com roupas adequadas para enfrentar a neve do ártico. Muita balela. Por isso, então, comecei a perceber o quanto estão desviando da gente o verdadeiro sentido natalino. Estão, sim, nos empurrando goela abaixo a imagem de um ‘bom velhinho’ vestido de vermelho e cobrando da gente um consumo desenfreado de ‘presentes’ para distribuir com familiares, amigos, vizinhos, enteados, cunhados, papagaios e o que mais aparecer em nossa frente.
Chega. Sei que não sou tão católico assim, mas sei discernir as coisas. O verdadeiro sentido do Natal é comemorar o nascimento de Jesus Cristo, esse sim o maior presente de Deus à humanidade. Só que muita gente está deixando isso em segundo plano. O comércio natalino virou o melhor negócio dos grupos empresariais durante o ano. As pessoas, pobres ou ricas, se arvoram na dissimulação dos presentes materiais e ainda fazem cara feia se alguém deserta desse time de consumistas incorrigíveis. Eu, heim!
O que desejo, na verdade, é que esse Natal nos chegue num plano onde exista menos Papai Noel e mais Jesus Cristo. Ok, tudo bem. Não há mal nenhum presentear uma pessoa querida nessa época. Mas não vamos encarar isso como uma obrigação de vida. Tenho certeza que uma confraternização sincera, um abraço caloroso e uma prece de agradecimento ao Criador de tudo já seriam suficientes para um Natal iluminado. Pense nisso. O tempo é para reflexão, para renovação do sentimento cristão, para a harmonia da família.
Aliás, meu editor Amaral Cavalcanti, no auge de sua sapiência, alerta para um fato: mesmo a humanidade idolatrando a figura de barba branca e roupas vermelhas como símbolo maior do Natal, ninguém por aqui nunca se importou em criar um outro símbolo com mais afinidade entre nós. “Irmã Dulce praticando a caridade não seria melhor?”, disse-me ele. Seria. Mas até que essa consciência recaia sobre essa pobre humanidade, os comerciantes continuarão a sorrir em demasia nestes finais de ano pomposos.
Então esse é o meu recado. Seja em Aracaju ou em Hong Kong, a comemoração natalina tem que girar em torno da figura e significado de Jesus Cristo. Não se deixem levar facilmente pelos apelos midiáticos do comércio. Elevem suas preces e sintam-se devidamente contemplados com o presente que já recebemos do Pai. Aproveitem de peito aberto a tradição da ceia, quando a família se reúne, mas se lembrem de agradecer pelo presente que Deus nos deu: Jesus, aquele mesmo que um dia expulsou os vendilhões do templo de Salomão.

Gilson Sousa

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A prima: dias de preguiça


Não sei se tenho mais saco para aguentar essa prima. Agora deu pra dormir o tempo todo. Deixou de lado as leituras que lhe ofereço, os dvd’s piratas que encomendo com exclusividade a JC, nem as pizzas que compro no Extra e incremento com capricho em casa ela quer mais comer. Só quer dormir. Não sai da cama. E eu já não sei o que fazer.
Um amigo meu, muito interesseiro, disse que isso poderia ser depressão. Aí veio com um papo de levar a menina para um terapeuta. Aliás, ele insinuou que o terapeuta seria ele mesmo. É mole? Tenho certeza que tio Herinaldo, que já foi pro céu, e tia Malvina, que sequer enxerga mais, concordariam com isso também. O mundo está cheio de lobos em pele de cordeiros.
Mas o fato é que quando veio de Capela, toda exibida, essa prima era uma serelepe sem rédea. Um exagero. Botei em escola boa, academia, curso de espanhol, e ela sempre correspondendo às expectativas. Mas agora danou-se. Não quer sair do quarto. O verão chegando, o povo invadindo a piscina do condomínio, e ela lá esticada na cama. Só pensa em dormir.
Para mim, o único consolo é que vez em quando me chama no quarto pra fazer um cafuné, um dengo qualquer. Afinal, é muito apegada a mim. É uma prima boazinha. Mas eu tenho os meus limites. Não sou de cair em qualquer conversa. “Oxênte, menina, se ajeite. O dia lá fora está tão lindo. Quer chupar um sorvetinho?”.

Gilson Sousa

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Shows de verão: acorda, prefeitura!


Dia desses ouvi de amigos meus que trabalham como operadores de turismo queixas pertinentes quanto ao grau de profissionalismo ligado a este setor em Sergipe. Aliás, garanto que as queixas eram diretamente direcionadas à Prefeitura de Aracaju, principalmente no que diz respeito à programação festiva de verão. “A estação já está praticamente aí e a gente nem pode vender pacotes turísticos mostrando ao mundo o que teremos a oferecer”, disse-me um deles. E é mesmo.
Estamos em pleno dezembro e sequer existe programação para a festa de reveillon feita na praia de Atalaia. Não existe também – imagina – a programação do Projeto Verão. Então o que é mesmo que o operador de turismo vai vender aos veranistas como atração artística nessa época do ano? É preciso ficarmos atentos a isso. Aliás, nem mesmo o governo do Estado, que costuma ser mais desatento nessa área, está dando esse vexame. Na semana passada divulgou sua grade de shows para o seu Projeto de Verão e agradou, mesmo concentrando tudo num único local, ao contrário de edições anteriores.
A turma do governador Marcelo Déda irá fazer a festa na praia da Caueira, em Itaporanga DÁjuda. Claro, quer prestigiar a nova ponte sobre o rio Vaza Barris, então trará no primeiro dia, 4 de fevereiro, a banda sergipana Alapada, Maria Gadú e Jau, além do Dj Kaska. No dia seguinte, a festa contará com shows de Patrícia Polayne, Lulu Santos, Monobloco e DJ Léo Levi. E aí, sim, os nossos amigos operadores de turismo ficam mais tranqüilos e até mais estimulados a sair por aí vendendo seu ‘peixe’. Acorda, prefeitura.

Gilson Sousa

Foto: Alejandro Zambrana

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rio: essa guerra não é de agora


Não é de agora que a guerra entre traficantes e policiais do Rio de Janeiro está declarada. Isso ocorre há tempos. A luta pelo domínio de território do tráfico naquela cidade é intensa. Portanto, tudo isso que o povo brasileiro está vendo exaustivamente através das emissoras de tv neste momento, sem dúvida alguma já virou rotina para muita gente naquela cidade dita maravilhosa. Infelizmente.
Curiosamente, todo esse sensacionalismo midiático ocorre após a explosão de sucesso do filme Tropa de Elite 2. Um filme, aliás, que desvenda muito bem os bastidores da corrupção que alimenta esse tipo de guerra no Rio. Então não me venham pra cá com histórias de que esse acirramento entre traficantes e policiais é pura bossa nova. Não é. O que há é um desmoronamento do sistema estatal de segurança pública e o iminente risco de colapso na população.
Mas cá pra nós: o Rio não merece isso. Hoje mesmo vi no noticiário o chefe do Estado-Maior da Policia Militar carioca, comandante Álvaro Garcia, declarar: “Estamos em uma guerra”. Sim, estamos. Mas por enquanto os 170 homens do Bope que fazem a chamada megaoperação do Morro do Cruzeiro, com apoio de 80 fuzileiros navais, estão apenas posando para as câmaras de tv.
O problema é que daqui a pouco, quando começarem a voar corpos de bandidos por todos os lados, vai aparecer um monte de gente invocando os tais dos ‘direitos humanos’ e condenando a ação policial que busca livrar a população do terror. Você duvida? Então, se estiver no Rio, melhor é seguir a orientação do comandante da PM e não sair de casa, pelo menos nesta quinta-feira (25).

Gilson Sousa

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Bajulações ao extremo


Por vezes, essa nossa imprensa tupiniquim extrapola os limites do bom senso. Vejam vocês que hoje me deparei com a seguinte manchete num dos portais de notícias que leio diariamente: ‘Guia do bajulador: Saiba como se dar bem com Dilma Rousseff’. Isso mesmo. Uma matéria escrita por Andreia Sadi e Ricardo Galhardo para orientar o brasileiro sobre modos de bajulação à nossa presidenta recém-eleita. Isso é quase inacreditável.
Mas vamos lá. Diz a matéria ‘jornalística’ que Dilma “é chocólatra, não fuma e adora cantar; em compensação, não tem paciência com quem fala sobre o que não entende”. Creio eu que do mesmo jeito que o povo esclarecido não tem paciência com quem escreve besteiras. Mas vamos lá novamente. Como dica de bajulação, diz o texto que “Dilma costuma também passar nas lojas de souvenirs durante as viagens. Ultimamente, ela tem demonstrado preferência pelas lembrancinhas ao neto Gabriel”. Quer mais o quê?
Mais basbaquice, é claro. Então vamos. Preste atenção: “Nada irrita mais Dilma do que uma ordem não cumprida. Ela fecha a cara e às vezes chega a perder as estribeiras. O clima fica azedo”, diz a matéria. “Se combinar ou prometer alguma coisa, cumpra da forma e no prazo combinados. Do contrário o risco de levar um pito em público é grande”. Então já chega, né. Se você quiser conferir mais, acesse o link: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/guia+do+bajulador+saiba+como+se+dar+bem+com+dilma+rousseff/n1237829838857.html.
Eu tô fora dessa.

Gilson Sousa

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

F1: Esporte decadente


Se tem algo que definitivamente perdeu a graça, o encanto, o entusiasmo de torcedor, esse algo é a Fórmula 1. Esporte decadente, do ponto de vista competitivo, está ficando cada vez mais distante do povo. Para o público, o esporte só resiste porque a Rede Globo precisa a qualquer custo manter as cotas de patrocinadores. Não fosse isso, já nem ocupava mais espaço na tela da tv.
No passado, todo mundo sabe, tivemos Emerson Fitipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna vencendo corridas e conquistando títulos. E isso era vital para alimentar a paixão do brasileiro pelo esporte. Chegava a ser programa obrigatório acordar mais cedo nos domingos de corrida mundo afora só para ver os ídolos na pista. Mas isso acabou praticamente com a morte de Ayrton em 1994.
Hoje, o que se vê é uma série de manipulação nos resultados finais, principalmente quando envolve a equipe Ferrari. E o curioso é que tem sempre pilotos brasileiros se dando mal nessa história, pois foi assim com Rubens Barrichelo e está sendo assim com Felipe Massa. Portanto, diante desse esporte em que a máquina é mais importante que o homem, melhor mesmo é prolongar as horas de sono nos domingos e depois procurar outra coisa pra fazer. Até porque, ao longo do dia a gente fica sabendo dos resultados nos noticiários de jornal e tv.

PS: neste domingo tem corrida no Brasil. Você sabia? Ainda bem que é à tarde.

Gilson Sousa

sábado, 30 de outubro de 2010

Salvem os amigos caranguejos!


Ainda bem que essa história de caranguejo-uçá ficar gordo somente em meses escritos sem a letra ‘r’ (maio, junho, julho e agosto) é pra valer. Caso contrário, esses crustáceos que são mesmo uma delícia no prato já estariam extintos. Pelo menos em Aracaju e boa parte do restante do país, onde o consumo gastronômico é exagerado, mesmo eles estando ‘magrinhos’. Aliás, não existem dados oficiais sobre essa comilança do animal de oito pernas e duas garras, mas os indícios nos apontam uma possível escassez dentro de breves tempos. E isso seria uma tragédia.
Não bastasse a cata desenfreada para o consumo humano, a poluição nos manguezais e o descuido com a preservação do habitat natural do bicho afetam diretamente na reprodução. Eu morro de pena, mas não deixo de comer. Lembro, inclusive, com saudade daqueles tempos em que sentávamos nos quiosques ao longo da praia de Atalaia e devorávamos dúzias e mais dúzias de caranguejos enormes, apetitosos. Hoje não se pode mais fazer isso em mesas de bares. Até porque o preço está nas alturas. No máximo, pedimos uns seis e nos damos por satisfeitos.
Mas confesso aqui minha preocupação com o fato. A espécie, segundo os especialistas, leva de sete a oito anos para chegar à fase adulta. Por isso não se recomenda capturá-la com carapaça abaixo dos sete centímetros. E quase ninguém atenta para isso. Estão capturando – e consumindo - o animal com tamanho abaixo do recomendado. Sem falar que ainda tem muita gente achando que comer a fêmea é algo que satisfaz ainda mais o paladar. A fêmea, é claro, do caranguejo. Como é que pode?
Tudo bem que na região Nordeste o caranguejo-uçá seja um importante recurso pesqueiro, com elevado valor sócio-econômico, gerando emprego e renda para milhares de famílias que habitam zonas litorâneas, mas até essa condição precisa ser revista. Até porque a própria atividade pode entrar em colapso num curto espaço de tempo. Atentem bem. Ou a gente se preocupa com essa questão agora, ou num futuro bem próximo comer caranguejo num barzinho de Aracaju será apenas coisa do passado que acabou virando assunto saudoso numa roda de conversa qualquer. Ainda bem que a cerveja gelada não corre o risco de extinção.

Gilson Sousa

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Logo você, Xuxa!?


É muita cara de pau dessa moça chamada Xuxa Meneguel aparecer num comercial institucional da rede Globo de televisão criticando o abuso sexual contra adolescentes no Brasil. Logo ela. Para quem não sabe, em 1982 a moça fez parte do elenco do filme pornô ‘Amor estranho amor’. Sua participação? Adivinhem. Justamente seduzindo e fazendo sexo com um garoto de 12 anos. Após esse filme, dizem, ela ganhou o apelido de Rainha dos baixinhos. Muito bem dado.
A senhora que hoje se passa de boa gente, com os cofres particulares abarrotados de dinheiro dos bestas, no filme fez o papel de uma ninfeta atrevida, que trabalha no bordel de Anna (Vera Fischer), mãe do garoto Hugo (Marcelo Ribeiro), prostituta e amante do governador de São Paulo (Tarcísio Meira). Chamada de Tâmara no filme, essa Xuxa que tanto encanta os brasileiros leiloou a sua falsa virgindade entre os freqüentadores mais ricos de uma festa, depois seduziu o garoto Hugo e mandou brasa num explícito ato de pedofilia.
No Brasil, é claro, o filme tem sua comercialização e distribuição proibidas pela própria Xuxa, porém foi lançado em DVD nos Estados Unidos com o título “Love Strange Love“. A produtora americana não vendeu os direitos à moça. E quem quiser ver um pedaço da cena da transa de Xuxa com o menino é só acessar o link: http://webmais.com/xuxa-amor-estranho-amor/. Bom divertimento.


Gilson Sousa

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Internet virou lixeira eleitoral


O uso da internet para divulgação – positiva e negativa – das campanhas eleitorais do Brasil neste ano realmente obteve uma dimensão estrondosa. Diariamente, dezenas de e-mails pró e contra as candidaturas de Dilma Roussef e José Serra chegam à minha caixa de mensagens e nas de outros milhões de brasileiros país afora. São dezenas de ataques descabidos, elogios fantasiosos, mentiras deslavadas, invenções mirabolantes, vídeos insultuosos, textos ofensivos. Tudo em nome de uma eleição de tamanha importância para um povo atordoado.
Digo que votei em Dilma Roussef no primeiro turno das eleições e certamente votarei nela no próximo domingo, 31. Não que essa mulher seja a candidata dos meus sonhos. Mas sim por representar a continuidade do projeto de governo implantado por Luiz Inácio Lula da Silva. Abomino a ideia de retroagir nas questões sociais, morais e até cívicas neste país. Todavia, sinceramente, estou abominando também esse bombardeio de informações que só rebaixam o nível de uma campanha que era para ser exemplar e de alto nível em todo o território nacional e principalmente virtual.
Para mim, o que está acontecendo com esse uso desmedido da internet é uma tentativa de influência que pode se transformar numa espécie de ‘tiro no pé’. Um jogo de informações que não colabora com a dignidade das pessoas. Até porque a utilização do ‘span’ nas redes sociais é mesmo uma coisa irritante. Ninguém gosta de ter sua caixa de mensagens inundada de bobagens inoportunas. Portanto, é preciso se pensar nisso antes de encaminhar e-mails de campanha política sem que o destinatário acene com a concordância. Vamos jogar sempre limpo, mesmo que o adversário não seja tão correto assim.

Gilson Sousa

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tecnologia digital: o terror dos corruptos


Que gente corrupta no serviço público integra o time dos idiotas, disso todo mundo já sabia. Só que não precisa se expor tanto. Em plena era da tecnologia digital acessível a todos, gente que usa de má fé para roubar ou desviar dinheiro, pensa que pode viver na impunidade o tempo todo. Não pode. E é por isso que quase que diariamente a gente acompanha pelos noticiários o flagrante em políticos com mandato, diretores de órgãos, policiais e até simples servidores públicos.
É muita gente metendo a mão no dinheiro público de forma covarde. Muitos deles não estão nem aí para o povo. Mas como são idiotas mesmo, como eu já disse, não se ligam que um simples aparelho de telefone celular pode gravar conversas, filmar e fotografar; uma caneta pode estar com uma câmera acoplada; uma pasta pode conter uma filmadora com microfone; ou seja, nessas horas o ‘big brother’ se transforma numa arma letal contra corruptos, mas benéfica para a sociedade.
Nos últimos dez anos, pelo menos, temos visto cenas de corrupção apavorantes neste país. A mais recente aconteceu em Mato Grosso do Sul, na cidade de Dourados, mas várias outras vêm sendo captadas quase que diariamente no Brasil. Aliás, reportagem do Correio Braziliense publicada em maio deste ano mostra que o preço da corrupção custa para o Brasil entre R$ 41,5 e R$ 69,1 bilhões por ano. A estimativa é de um estudo encomendado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
Agora, reflitam vocês comigo. Isso tudo vem à tona hoje por conta exatamente da tecnologia, indignação e coragem do povo oprimido durante séculos. Imaginem como era no passado, quando não existia nada para filmar, gravar ou até mesmo fotografar um flagrante. Quando não havia sequer a Lei de Responsabilidade Fiscal. Imaginem quanta ‘gente boa’ no Brasil ficou milionária se locupletando do erário. Até porque, até hoje, a fragilidade nas regras impostas aos ordenadores de despesas com o dinheiro público representa um convite para o roubo. E só não rouba nesse país quem é honesto de berço, tenham certeza.

Gilson Sousa

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Gualberto e a eleição limpa


As eleições envolvendo candidatos sergipanos foram concretizadas ontem e com isso posso respirar aliviado. Meu candidato a deputado estadual, Francisco Gualberto, conseguiu a reeleição graças a um esforço tremendo de sua militância política. E é justamente sobre isso que quero escrever agora.
Confesso que impressionou-me os rumos tortuosos que tomaram as campanhas eleitorais este ano em Sergipe e nos demais estados, acredito. A força do dinheiro é quem dá as cartas. Não existe mais ideologia, simpatia ou paixão por uma causa política. Existe sim convencimento e conquista. E só por isso conseguimos eleger Gualberto.
Devo dizer que nunca antes havia participado intensivamente de uma campanha eleitoral. Quase sempre estive do outro lado do balcão, ou seja, numa redação de jornal acompanhando como repórter. Mas dessa vez foi diferente. Estava eu no dia-a-dia com o candidato percorrendo o interior, panfletando em Aracaju e seguindo os passos da campanha na sua intimidade.
Vi e revi, ouvi, presenciei e me impressionei com dezenas de histórias de compradores de voto. Boa parte fácil de comprovar. Mas só o Tribunal Regional Eleitoral e muito menos a Procuradoria Federal constataram tal coisa. Foi muito dinheiro de candidato – não se sabe bem a origem – circulando por aí. No entanto, adianto: nenhum centavo desses nas mãos de Gualberto. Fizemos uma campanha limpa, decente, honesta e conseguimos o objetivo da eleição. Podem acreditar.
Por essa razão, a minha comemoração vale mais à pena. A reeleição de Gualberto, com 22.220 votos devidamente conquistados, representou uma espécie de ‘último ato do último dos moicanos’ na política local. Conseguimos um mandato utilizando somente a militância na rua, sem estrutura pomposa alguma. E agora o nosso deputado, que não deve a cabeça e muito menos a consciência a ninguém, poderá nos representar com dignidade no parlamento estadual.
Poucos poderão fazer isso por lá. Disso eu tenho certeza. Portanto, valeu Sergipe. Valeu Gualberto.

Gilson Sousa

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Neymar, o exagerado


Sim, estamos criando um monstro no futebol brasileiro. Não um monstro dos gramados, como foi Pelé, Zico ou Rivelino. Mas um monstro da má educação, da arrogância, da impertinência. Refiro-me ao garoto do Santos, Neymar, craque precoce, sem dúvida, mas desalinhado com a boa educação esportiva.
Desde ontem à noite, após a partida do Santos contra o Atlético de Goiás, toda a imprensa abre espaço para expor as atitudes reprováveis desse rapaz. Aliás, o técnico do Atlético, Renê Simões, ficou revoltado com a postura de Neymar, quando xingou o técnico Dorival Júnior no final da partida na Vila Belmiro.
"O que esse rapaz tem feito é inaceitável. Algo precisa ser feito, Neymar tem de ser educado logo. Desse jeito, estamos criando um monstro. Neymar, hoje, não é um homem, nem um grande jogador. Fiquei decepcionado com o futebol depois desse episódio", afirmou Renê Simões. E eu concordo.
Não é de agora que Neymar apronta. Joga bom, sim. Mas é mascarado, mal educado, inconveniente. Precisa mesmo ser educado urgentemente, sob pena de cometer algo mais grave na vida social. Vejam o exemplo de Bruno, ex-goleiro do Flamengo. Aliás, o ídolo Zico havia afirmado que o título brasileiro de 2009 fez mal ao Flamengo porque os jogadores se sentiram super-poderosos após a conquista. Deu no que deu.
Hoje mesmo o portal IG fez uma enquete virtual com os seus leitores e utilizou a seguinte pergunta: René Simões disse que Neymar está virando um monstro. Você concorda? Na hora em que acessei o site, 91% (28113 votos) diziam que “Sim, pois Neymar tem passado dos limites”. Somente 9% (2650 votos), até então, diziam que “Não. O René Simões exagerou no comentário”.
Para mim, o monstrinho está sendo criado sim. E pior, é alimentado, e bem alimentado, por veículos de comunicação com grande poder de massa como as redes Globo e Bandeirantes, além de jornais impressos de São Paulo e Rio de Janeiro. Repito: o menino de apenas 18 anos de idade é bom de bola. Mas está longe de ter um padrão de comportamento social compatível com a imagem de um ídolo. Se continuar assim, seu rumo pode ser o time de Bangu. Sem exageros.

Gilson Sousa

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A prima VI: sempre dando bandeira!


Nessa época de política eleitoral aparece muita gente boa por aí. Imaginem vocês que eu andava com o orçamento meio apertado aqui em casa depois que minha prima veio de Capela para morar comigo. A bichinha adora um iogurte, batata roufles, pizza, bombom de chocolate..., mas tudo isso custa muito dinheiro.
Aí apareceu um candidato desses aí e ofereceu um trabalho. Coisa pesada, mas ela topou. Sai de casa todos os dias umas 10 horas da manhã e só volta quase meia-noite. Sem cerimônia, nem muito menos vergonha, ela me conta que sua tarefa é ficar segurando o pau da bandeira pela esquinas. Repare, que coisa bacana.
É tanto trabalho que ela chega em casa exausta. Reclama muito de dores nas pernas e em outras partes do corpo. Pede sempre uma massagem mais caprichada. Mas eu não sei fazer isso. Nunca fui bom nessas coisas. Aí, para não decepcioná-la, resolvi comprar um aparelho de ginástica para ela. Assim a bichinha faz uns exercícios mais corretos e se fortalece.
Lá em Capela, tio Herinaldo, que já foi pro céu, e tia Malvina, que sequer enxerga mais, não tiveram condições de tratar bem a menina. Mas aqui em casa ela deita e rola. E eu deixo. Até porque tenho pena da prima. Fico torcendo é que acabe logo essa campanha política para a menina relaxar mais. E quando isso acontecer, ela com o dinheirinho no bolso, e eu cheio de bondade, vamos levantar em casa para sempre a bandeira da fraternidade. Vou investir nisso, vocês vão ver.

Gilson Sousa

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O triste fim do Jornal do Brasil


Vocês podem pensar que estou exagerando. Não estou. O fim da edição impressa do Jornal do Brasil é para mim como a morte de um parente, mesmo que distante. Isso mesmo. Hoje, 31 de agosto, circula pelas bancas do Rio de Janeiro e alguns outros poucos Estados a última edição impressa do jornal fundado em 9 de abril de 1891. Um revés na história do jornalismo brasileiro.
Os motivos para o encerramento do jornal, segundo os donos, são as dívidas e a baixa vendagem. Com isso, o JB terá a internet como única plataforma, constituindo-se no primeiro jornal 100% digital do Brasil, após 119 anos de impressão diária.
Disse que é como se fosse a morte de um parente porque em 1995, durante o processo de produção da monografia para conclusão do curso de jornalismo na Universidade Gama Filho, tornei-me freqüentador assíduo do prédio do Jornal do Brasil. À época, visitava com orgulho os jornalistas Victor Giudice e Tarik de Souza, dois dos maiores críticos de música no Brasil.
Ali, no vistoso edifício no início da extensa avenida Brasil, me sentia inteiramente à vontade. Tanto pela história do jornal, quanto pela oportunidade que eu tinha de frequentar tal ambiente e ser recebido na redação por ilustres jornalistas que contribuíram com a minha formação acadêmica e profissional. Por isso a gratidão eterna. E também por isso o lamento de agora.
Além das questões financeiras, o Jornal do Brasil justifica que a migração do papel para o meio eletrônico é a tendência no mundo e procura se apresentar como pioneiro e inovador nessa transição. “Qualidade. Praticidade. Alinhamento com o futuro. Respeito à ecologia, inovação” é o novo slogan do jornal na internet.
Oficialmente, alega também motivos ecológicos para o fim do papel. “Para cada 100 mil jornais que são impressos, 60 mil são vendidos e 40 mil são jogados fora. É um desperdício fantástico”, afirmou Nelson Tanure, um dos diretores do grupo. Segundo ele, uma única edição de domingo do JB corresponde a cerca de 200 árvores, que levam anos para crescer e ocupam 40 mil metros quadrados de florestas.

Gilson Sousa

Fonte: www.ig.com.br

sábado, 21 de agosto de 2010

Exagero e corporativismo no judiciário


Admito que o atentado contra a vida do desembargador Luiz Mendonça ocorrido no início desta semana foi um ato repugnante e estarrecedor do ponto de vista social. Mas nada de exageros. Aquilo foi crime de mando, apesar de os pistoleiros fuleiros não terem conseguido eliminar o alvo.
Pois bem. Ontem, através dos telejornais de cadeia nacional, tornei a ficar estarrecido. Desta vez por causa de uma declaração infame do ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, em relação ao caso de Luiz Mendonça. “Foi o 11 de setembro do judiciário brasileiro”, disse ele, fazendo referência ao atentado terrorista ocorrido nos EUA em 2001.
Pera lá, seu ministro. Deixe de exagero. Aliás, um exagero sem comparações na história do mundo contemporâneo. Eu sei que para muita gente, tanto Luiz Mendonça como George Bush representam o ódio. Mas nunca tinha visto tanta baboseira e corporativismo numa declaração de um ministro.
E olha que o objetivo do atentado nem foi consolidado. Aliás, sobrou para quem não tinha nada a ver com a história. Justamente o motorista do desembargador, que até hoje continua no hospital após receber um tiro na cabeça. Portanto, vou ressaltar aqui o pensamento da minha amiga Ana Maria Valença sobre o que de fato significa um 11 de setembro no Brasil:
“O 11 de setembro está na Cracolândia de São Paulo e em várias outras cidades onde crianças de 12 anos de idade estão comandando o tráfico de drogas; o 11 de setembro é ver nossas mulheres e crianças assassinadas e a nossa justiça lenta e cega; o 11 de setembro são políticos inescrupulosos roubando cinicamente o dinheiro da saúde e da educação das nossas crianças; o 11 de setembro são crianças torturadas e dormindo nas ruas e a nossa "justiça" vedando mais ainda seus olhos”.
Quer mais o quê?

Gilson Sousa

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Assédio sexual feminino


Viver no mundo moderno é fogo. No entanto, as inversões de valores precisam ser encaradas com naturalidade. Mesmo que se apresentem no campo do absurdo. Vejam vocês que em Brasília o Tribunal Regional do Trabalho deu ganho de causa a um rapaz que se disse assediado sexualmente por uma mulher, sua chefa, em pleno ambiente de trabalho. Cruzes!
Diz a notícia que um rapaz funcionário terceirizado de uma empresa acusou a moça poderosa por um suposto assédio sexual. Ele, muito precavido, se afastou do emprego e entrou na Justiça com um pedido de indenização por danos morais contra as duas empresas, a que o contratou e a outra, onde ele prestava serviços. Muito sabido. Acabou recebendo R$ 5 mil para reparar a ofensa à honra.
Consta no processo judicial que a tal chefe, toda gostosona, dizia que queria se casar com ele e o convidava para sair. Chegou a morder e alisar as costas do rapaz, fazendo isso, inclusive, numa reunião cheia de gente. Três testemunhas confirmaram o assédio por parte da moça e o rapaz machão se saiu na boa.
Resta saber agora se a danadinha da chefa investiu errado, trocando coca-cola por fanta, ou se o bagulho dela não empolga nem estagiário, quanto mais um cidadão boa pinta. É ou não é?

Gilson Sousa

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Imagens que enganam


Sabe aquela história de propaganda enganosa de político? Pois bem. Não só a Justiça Eleitoral, mas também o Procon e o Ministério Público deveriam ficar de olhos bem abertos no festival de enganação promovido por candidatos a cargos eletivos em Sergipe este ano. Refiro-me às fotografias utilizadas em santinhos, cartazes e adesivos que servem como material de campanha. É tudo um absurdo. Surreal.
Sei que a tecnologia do mundo digital, principalmente no que diz respeito ao programa Photoshop, está aí justamente para transformar radicalmente as imagens, se preciso for. Há pesquisas científicas que comprovam a eficácia do mito da ‘boa aparência’. Basta lembrar da eleição de Fernando Collor para a presidência da República em 1989. À época, mais da metade do eleitorado depositou o voto em favor do candidato mais bonito. E nessa muita gente quebrou a cara.
Por aqui, posso dizer que alguns políticos que estão em busca de votos passam dos limites do bom senso quando o assunto é fotografia de campanha. Vejamos o caso de Adelson Barreto, candidato a deputado estadual. Esse é gritante. Haja Photoshop. Mas até acho que ele deve ter encaminhado ao TRE uma fotografia dos tempos em que tinha exatos 15 anos de idade. E isso é enganação.
A candidata Susana Azevedo, uma bonita senhora de meia idade, está praticamente uma princesa na fotografia de campanha. E essa, se não me engano, é a mesma foto que vem sendo usada em suas campanhas pelo menos nos últimos dez anos. Já a médica Angélica Guimarães, uma bonita vovó atualmente, aparece na propaganda eleitoral como uma jovem interiorana caprichada. Olho nelas, Procon.
O senhor Luiz Mitidieri, também médico, aparece na foto com pinta de pré-adolescente bem tratado. Parece aqueles rapazes gordinhos que vêm do interior para estudar na capital. Uma enganação. E o senhor Antônio Passos, aquele com cara e postura de coronel de Ribeirópolis? Esse agora distribui santinhos com aspecto incrivelmente jovial e pecha de bom moço. Vamos convocar a Justiça Eleitoral para rever esses casos. É o melhor que fazemos.
O governador Marcelo Déda, esse então, parece que bebeu água na fonte da juventude. É um caso à parte, pois nem parece que o desgaste natural por estar administrando um Estado pequeno e complexo o afeta. Em nadica de nada. Aliás, alimentar o complexo de Peter Pan parece ser uma habilidade imprescindível de quase todos esses políticos de hoje. Não querem crescer nunca. E jamais querem envelhecer perante os olhos do eleitor.
Mas justiça seja feita. Alguns candidatos jovens, como Valadares Filho (federal) e Paulinho da Varzinhas (estadual), de fato, precisam de muito pouco retoque artificial para se apresentar bem nas fotografias. No entanto, representam uma exceção. Por isso conclamo a Justiça Eleitoral, o Procon, o Ministério Público e o próprio povo para que jamais se deixem enganar por esses marqueteiros galanteadores da política. Olho neles.

Gilson Sousa

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Esse Milton quer valer ouro


Houve um tempo em que o artista mineiro Milton Nascimento, em parceria com Fernando Brant, sentou para compor uma grande canção e acabou mostrando ao mundo a bela ‘Bailes da vida’. Ainda jovem e certamente muito empolgado com a carreira artisitica, Bituca, como é conhecido entre os amigos, dizia na letra que “com a roupa encharcada e a alma repleta de chão / Todo artista tem de ir aonde o povo está / Se foi assim, assim será / Cantando me disfarço e não me canso de viver nem de cantar”. Pois muito bem. Muita gente acreditou.
Passados alguns longos anos, eis que Milton sai por aí com sua turnê para apresentar ao público seus grandes clássicos de todos os tempos, a exemplo de Maria, Maria, Canção da América, Paula e Bebeto, Coração de Estudante, Travessia, Caçador de Mim, Certas Canções, Bola de Meia, Bola de Gude. Mas será que aquela história de que o artista tem de ir aonde o povo está ainda vale? Sei não. Digo isso porque o show de Milton em Aracaju está marcado para o dia 15 desse mês, e você sabe quanto custa o ingresso? Eu digo: R$ 180,00.
Aliás, a letra de ‘Bailes da vida’ praticamente fala que dinheiro não era problema para o artista na época. Mas parece que isso mudou. Sei que a produção do show deve ser imensa. Os custos são absurdos. Os músicos são de primeira linha. Mas R$ 180,00, aqui em Aracaju, representam os olhos da cara. Isso é preço de São Paulo, Rio, Porto Alegre. Aqui o buraco é mais embaixo, mas segundo Milton, acreditem, “para cantar nada era longe, tudo tão bom / 'Té a estrada de terra na boléia de caminhão, era sim”.
A título de curiosidade, há cerca de dois anos, Marisa Monte, a artista feminina mais completa da atualidade, passou por aqui com a turnê ‘Infinito ao meu redor’ e causou muitos burburinhos nunca vistos anteriormente na cidade. Cobrou exatos R$ 200,00 pela entrada do show no Tobias Barreto. Pouca gente se dispôs a pagar tal preço, que por sinal era merecedor, mas a realidade local não admitia. De última hora, os ingressos caíram para R$ 50,00, lotando o teatro.
Recentemente a cantora baiana Maria Bethânia, maior nome da MPB desde a morte de Elis Regina, em 1982, passou também pelo Tobias Barreto com grande pompa, mas cobrou preços modestos. O show era ‘Dentro do mar tem rio’, e os ingressos custaram em média R$ 60,00. Portanto, nada justifica o senhor Bituca fazer show a preço de ouro para nós, pobres mortais. Então, menos Bituca, menos...

Gilson Sousa

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Debate x futebol


Essa política brasileira anda tão desacreditada que até um ‘importante’ debate entre candidatos à presidência da República acaba perdendo feio em audiência para um ‘simples’ jogo de futebol transmitido pela tv. Isso aconteceu ontem à noite, quando na tela da Rede Bandeirantes estavam Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e Marina Silva (PV), contra 22 jogadores de São Paulo e Internacional na Globo.
Segundo dados divulgados pelo Ibope, a média de audiência para o debate dos presidenciáveis foi de 3 pontos, sendo que o pico máximo foi de 6 pontos. Já o jogo de futebol válido pela semifinal da Libertadores da América alcançou 36,9 pontos. Uma surra, uma goleada. Aliás, é importante dizer que o sistema de medida do Ibope toma como base a seguinte proporção: cada ponto de audiência corresponde a 56 mil aparelhos de televisão ligados na região pesquisada.
Na verdade, o debate foi mesmo enfadonho. Vi trechos, mas percebi que o Serra estava ali somente para desfilar seu plantel de cinismo e dissimulações; Dilma foi para confirmar suas incertezas e reforçar sua antipatia popular; Marina mostrou que continua sendo uma sonhadora sem rumo; e o senhor Plínio foi lá para avacalhar, pois não tem proposta alguma e passou o tempo todo reclamando de exclusão no próprio debate. Portanto, foi melhor ver o jogo no Morumbi. Afinal, somos ou não somos o país do futebol?

Gilson Sousa

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Corrupção policial: esse é o foco


Pelo o que estamos vendo na exposição diária da mídia nacional, pelo menos no Rio de Janeiro você pode dirigir seu veículo automotivo e atropelar qualquer pessoa na rua, contanto que não seja filho ou filha de atriz da Rede Globo. É sério. Chega a ser absurda essa massificação do caso envolvendo o jovem skatista Rafael Mascarenhas. Será que já não bastam os episódios envolvendo o goleiro Bruno e a advogada Mércia Nakashima?
É lamentável a morte do rapaz – que aliás não tinha que estar andando de skate em plena madrugada carioca por uma via interditada pela prefeitura -, mas daí a promover até reconstituição do fato, mesmo todo mundo sabendo perfeitamente como tudo ocorreu, já é demais. A coisa vira mesmo espetáculo para a mídia.
No país inteiro, as ocorrências de atropelamento de pedestres no dia a dia são incontáveis. Milhares de vidas são perdidas por conta de motoristas irresponsáveis e que muitas vezes agem com a certeza da impunidade. São assassinos em potencial que merecem penas mais duras por parte da lei. Para se ter uma ideia do caos, somente no último feriado prolongado de Corpus Christi, 53 pessoas morreram em acidentes nas estradas paulistas, sendo 14 delas atropeladas. Mas nada de notícia com sensacionalismo na tela da tv.
Agora: a corrupção policial neste país é que precisa virar pauta do dia, até que algo seja feito para que acabe de vez. Nesse episódio do filho da atriz, no meu entendimento, o mais grave foi a atitude dos policiais que receberam propina e fizeram de tudo para amenizar o crime. Isso sim merece estar todos os dias nas manchetes. No mais, quem sabe agora com a morte do filho de uma pessoa pública as coisas não tomem outro rumo quanto a isso. Dá-lhe Rede Globo.

Gilson Sousa

terça-feira, 27 de julho de 2010

Djavan com disco novo


Fãs da música de Djavan já estão contando os dias para a chegada do novo disco do cantor alagoano que virou referência na MPB dos últimos anos. De acordo com o blog Meu Bem Querer (http://blog.meubemquerer.com.br/), espaço cibernético capitaneado pelo amigo carioca Jorge Fernandes, agora em agosto chega às lojas o disco Ária, inaugurando a parceria firmada entre a Luanda Records, gravadora do próprio Djavan, e a Biscoito Fino, gravadora que investe alto na MPB de boa qualidade.
Ária, o novo CD, trará canções que são queridas por Djavan e fazem parte de sua vida. São principalmente canções românticas, reforçando a idéia de que o artista mantém grande identificação com as coisas que falam de amor. A música Sabes Mentir, composta por Othon Russo e sucesso na voz de Angela Maria, já virou tema de novela da Globo e está fazendo sucesso em emissoras de rádio de todo o país.
O novo disco de Djavan terá também Disfarça e Chora, composta por Cartola e Dalmo Castello; Brigas nunca mais, composta por Vinicius de Morais e Tom Jobim; Fly me to the moon, composta por Bart Howard; e muitas outras. A propósito, o último disco gravado por Djavan havia sido Matizes, em agosto de 2007. Foi um CD que praticamente passou despercebido do grande público, mas que contém belas músicas autorais como Pedra, Delírio dos Mortais e Joaninha.
O blog Meu Bem Querer, ao contrário da página oficial de Djavan, é muito bem informado e adianta que as datas dos primeiros shows do CD Ária já estão sendo anunciadas. Aliás, o Jorge promete estar na estréia do Rio de Janeiro e acompanhar tudo de perto para depois levar as informações a todos os fãs do cantor. Muito provavelmente o show passará por Aracaju, só que daqui a um bocado de tempo. A última vez em que Djavan esteve em Aracaju foi em setembro de 2008, lotando o Espaço Emes, como sempre.

Gilson Sousa

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Somos também o país do vôlei


Se o povo brasileiro bem soubesse e fosse melhor informado, migrava rapidinho de futebol para o voleibol em termos de paixão esportiva. Sem dúvida, é o único esporte de massa hoje em dia que realmente nos garante alegrias, sem muito susto. Ontem à noite mesmo, vi a final da Liga Mundial Masculina e vibrei com a seleção de Bernardinho derrotando os jovens gigantes da Rússia por 3 sets a 1. Com esse, já são nove o número de títulos da seleção brasileira no torneio que reúne anualmente as principais seleções de voleibol de todos os continentes.
Então, é ou não é viável torcer pelo voleibol brasileiro? O time que se renova com incrível precisão e eficiência – ao contrário da seleção de futebol vista nos últimos tempos -, atingiu agora a liderança do ranking da Liga Mundial, com 15 medalhas - sendo nove de ouro, duas de prata e quatro de bronze em vinte edições da competição. Dá gosto de ver. Até porque, além da Liga Mundial, o time de Bernardinho sempre chega forte em competições como Olimpíadas e campeonato mundial, que aliás começa no próximo dia 5 de agosto.
Portanto, certamente o que se viu ontem à noite na disputa final contra a Rússia não foi apenas a conquista de mais um título global. Foi a supremacia de um esporte de alto rendimento no mundo. E bem por isso, nós brasileiros podemos sim torcer com mais fervor e paixão por esse esporte que nos garante alegria e prazer. Afinal, também somos o país do vôlei.

Gilson Sousa

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Falta ao trabalho não é problema


Todos nós estamos cansados de ouvir dizer por aí que deputado no Brasil trabalha pouco e ganha muito dinheiro. E isso não é mentira. Mas também não é regra. Conheço de perto situações em que um deputado trabalha pra caramba a fim de cumprir suas obrigações parlamentares e manter firme sua ideologia política. Conheço até situações contrárias, em que o dito deputado não faz pn e ainda tira onda com a cara do povo sempre que pode. E sempre de bolso cheio.
Mas o fato é que o portal iG (www.ig.com.br) resolveu fazer um minucioso levantamento inédito sobre faltas no Congresso Nacional e descobriu que 35 dos 513 parlamentares federais poderiam ter tido os mandatos cassados. Isso porque faltaram a um terço das reuniões ordinárias da Câmara dos Deputados, em pelo menos uma das três últimas sessões legislativas. Todos foram salvos pelo fato de a Mesa Diretora acolher suas justificativas nem sempre plausíveis. Mas já pensou se isso acontecesse com trabalhadores comuns? Pois, sim.
Juntos, os 35 parlamentares com o maior número de faltas abonadas em sessões ordinárias apresentaram, entre 2007 e 2009, 1.402 justificativas. Entre eles estão os deputados Ciro Gomes (PSB-CE), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Jader Barbalho (PMDB-PA), Nice Lobão (DEM-MA) e Sandro Mabel (PR-GO). Não teve sergipano nesta lista. Todavia, na história da Câmara apenas dois entre 177 parlamentares foram cassados por faltarem a um terço das sessões ordinárias. Foram os deputados constituintes Felipe Cheidde (PMDB-SP) e Mário Bouchardet (PMDB-MG) que perderam o mandato em 31 de maio de 1989.
A propósito, na atual Assembleia Legislativa de Sergipe, fosse feito levantamento semelhante, tenho quase certeza de que um ou outro deputado perderia o mandato. O regimento da Casa é até rigoroso quando o assunto diz respeito às faltas ao trabalho. Mas ninguém jamais foi ou será punido por conta disso. Até porque existe uma enxurrada de licenças médicas ou missões político-partidárias que ‘justificam’ as ausências. E tudo isso sem prejuízo algum aos polpudos contracheques mensais de cada um deles. Mas o fato é que cada um de nós sabe muito bem quem paga essa conta e sempre deixa pra lá. Pra que se estressar, não é verdade?

Gilson Sousa

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nova profissão na China


Cristiane Veiga, mais conhecida no mundo artístico sergipano como ‘Cris Louca’, é uma dessas figuras indispensáveis na vida da gente. Criativa ao extremo, bem humorada e pronta para qualquer serviço, é a responsável pelos comentários mais ‘picantes’ nas publicações deste blog. Mas Cris (http://crislouca.blogspot.com/) também é cultural. Ainda ontem me enviou e-mail revelando o surgimento de uma nova e excitante profissão destinada a mulheres na China: punheteira.
Isso mesmo. E vejam só o provocativo conteúdo do e-mail repassado por Cris Louca: “Não se surpreenda se uma amiga disser que vai para a China trabalhar como Punheteira! Não é piada. É coleta de esperma assistida. Que avanço! Já vimos em filmes que nos EUA eles dão umas revistas pornográficas para o exame de espermograma. No Brasil somente o frasquinho e uma sala isolada, pois é pago pelo Plano de Saúde, imagina o SUS. Na China tem profissional para esse ramo”.
A propósito, por lá a palavra para definir a atividade profissional é mesmo “punheteira”, termo traduzido do Mandarim. O salário transformado em reais brasileiros corresponde a R$ 3.700,00 mensais, isso porque - conforme PPRA - NR-32 – GRAU DE RISCO 04 - as trabalhadoras estão expostas a risco ergonômico - L.E.R. É mole ou quer mais?

Gilson Sousa

terça-feira, 13 de julho de 2010

Vai ter copa do mundo em 2014?


Volto a criticar os abusos e atos inconseqüentes do nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso porque vi nos noticiários de TV e li em reportagens na internet que ele fez criticas à Fifa após a entidade máxima do futebol dizer que as obras para a Copa do Mundo de 2014, que será no Brasil, estão atrasadas. E é claro que estão. Portanto, menos, Lula... menos, Lula.
Nenhum dos suntuosos estádios para 2014 sequer está com obras efetivas em andamento. Alguns já foram fechados para obras, mas isso não quer dizer que estejam em obras. Entende? Aí vem o presidente dizer que a Fifa está errada ao fazer cobranças. Não está, não. Organizar uma copa do mundo não é brincadeira. E além do mais, não é só campo de futebol que precisa ser feito. Mas vejam o que disse o nosso Lula:
“Vocês viram que terminou uma Copa do Mundo na África do Sul agora e já começam aqueles a dizer: Cadê os aeroportos brasileiros? Cadê os estádios brasileiros? Cadê os corredores de trem brasileiros? Cadê os metrôs brasileiros?, como se nós fôssemos um bando de idiotas que não soubéssemos fazer as coisas e não soubéssemos definir as nossas prioridades”, afirmou o presidente. Portanto, menos, Lula... menos, Lula.
Esse tipo de obra não é feito do dia para a noite. E é bom frisar que a expectativa é de que o Brasil receba durante o Mundial cerca de 600 mil estrangeiros, além dos cerca de três milhões de brasileiros que irão circular pelo País durante a competição. A propósito, se o governo federal, que provavelmente estará nas mãos de Dilma Roussef, se espelhar no ritmo de obras executado pelo governo de Sergipe, a coisa vai azedar de vez. Por aqui é tudo muito lento, então... menos, Lula.
A boa notícia é que em setembro próximo, a Fifa vai abrir um escritório no Rio de Janeiro e passará a cobrar e acompanhar de perto as obras no País. Até porque, é bom lembrar que uma auditoria encerrada em abril e aprovada duas semanas atrás pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que as providências para a organização da Copa de 2014 estão "impressionantemente atrasadas". Palavras do técnicos do TCU. Viu, Lula.

Gilson Sousa

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A prima gripada


Minha prima está gripadinha. Eu mesmo tenho um medo danado de pegar essa gripe. Por isso quero distância. Mas a tadinha está precisando de cuidados. O pior é que não tem que faça isso, e portanto terei que me sacrificar. Tem um amigo meu que é médico e disse que suspeita de uma tal virose. Eu não sei de nada. Mas ele até se ofereceu para vir aqui em casa “dá um tratamento melhor nela”. Não entendi direito, mas não permiti. Acho que ele está com malícia.
Essa menina, desde que veio de Capela pra morar aqui em casa, vem apresentando essa fragilidade na saúde. Mas eu desconfio que é dengo. Ela não quer que eu saia de perto dela. Mas tenho medo. Ontem à noite fui colocar um lençol para protegê-la do frio e ela reclamou. Não queria de jeito nenhum. Perguntou foi se eu não tinha coisa melhor para esquentá-la. Repare que ousadia da peste. Que menina mal criada.
Bem que eu vivo dizendo que tio Herinaldo, que já foi pro céu, e tia Malvina, que sequer enxerga mais, não criaram bem essa sapeca. Eu tinha avisado para ela não pegar chuva de jeito nenhum. Disse que ia para o show de Aviões do Forró e voltou de lá toda molhada. Eu fiz de tudo para a gripe não pegar a coitadinha. Fiz chá, comprei toalha nova, mas ela não quis nada disso. Agora fica ali na cama azucrinando meu juízo. Sei não, mas acho que o jeito é providenciar uma vacina para ela. O que me diz?

Gilson Sousa

domingo, 11 de julho de 2010

Vila do forró será permanente


Eis que surge dos recantos palacianos do reino de Marcelo Déda uma notícia um tanto quanto animadora para o setor turístico. Enfim, atendendo a inúmeros apelos da comunidade, o poder público transformará a cidade cenográfica dos festejos juninos na orla da Atalaia, conhecida como Vila do Forró, num espaço permanente para celebração de nossas tradições. Ou seja, a Vila permanecerá montada durante o ano todo.
O projeto para tal já foi aprovado pelo Prodetur, programa do governo federal que garantirá recursos financeiros para manutenção do espaço. Aliás, a cidade cenográfica que tanto encanta turistas e sergipanos contará com um anfiteatro para apresentações de quadrilhas juninas, músicos e outros espetáculos. E tudo ao ar livre, de graça, no mesmo espaço onde todos os anos acontece o evento junino organizado pelo governo estadual.
A propósito, como já disse, a reivindicação para que o espaço se torne permanente é antiga. Inclusive este blog já havia se somado a milhares de vozes sergipanas na cobrança. Afinal, se somos o surreal “país do forró”, nada mais justo que o poder público manter um espaço permanente destinado ao gênero. Certamente os turistas e os próprios nativos irão agradecer muito.


Gilson Sousa

terça-feira, 6 de julho de 2010

Campanha eleitoral começa pra valer


Começa hoje pra valer a campanha eleitoral para candidatos à presidência da República, governador, senador e deputados federais, estaduais e distritais já efetivados na Justiça Eleitoral. Todos eles estão autorizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a fazer propaganda abertamente em busca de votos. E na condição de eleitor, sem receio algum, declaro aqui abertamente meu voto em favor da reeleição do deputado estadual Francisco Gualberto, o 13.300 do PT.
A partir de hoje também passa a ser permitida, por exemplo, a utilização de carros de som, ou ainda a realização de comícios e carreatas. Entretanto, a propaganda eleitoral no rádio e na televisão só tem início em 17 de agosto e vai até 30 de setembro. Ainda de acordo com a legislação, estão proibidos os showmícios, as propagandas em outdoor e a distribuição de camisetas, chaveiros, bonés e outros brindes que possam proporcionar vantagem ao eleitor. Vamos ficar de olho.
Até porque nesse mundo tem gente pra tudo. Tem gente que aplaude Dunga no aeroporto após o fiasco da seleção brasileira na copa da África do Sul; tem gente que acredita que o goleiro do Flamengo, Bruno, não tem nada a ver com o sumiço da ex-namorada Eliza Samudio; e tem até quem acredite nas baboseiras insanas do desesperado deputado estadual Augusto Bezerra (DEM). É mole?

Gilson Sousa

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Xô, Dunga!


Agora vai sobrar criticas para todos os lados e setores que envolvem a seleção brasileira de futebol. Há quem garanta que a eliminação nas quartas de final, perdendo de 2 a 1 para a Holanda, foi até melhor. Isso porque o time de Dunga poderia se empolgar mais, ir um pouco mais longe, e lá na frente levar um cacete antológico de outra seleção qualquer. Portanto, chorem suas mágoas e deixem os meninos voltar para casa com suas malas abarrotadas de souvenires da África do Sul. Afinal, como eu havia dito bem antes, esses jogadores foram lá praticamente passear. Só não fizeram safári. Quem sabe em 2014.

Gilson Sousa

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Presidente abusado


É inegável a importância do presidente Lula da Silva para a história política e social do Brasil nos últimos oito anos. Votei nele todas as vezes em que se candidatou à presidência da República e continuarei votando. Mesmo ele vindo disfarçado de Dilma. Mas o fato é que o ‘companheiro’ Lula, apesar de fazer muito bem ao país, é um cabra abusado, impertinente. Chega a ser deselegante com a legislação. E isso, obviamente, porque o poder transcendeu em sua vida.
No início desta semana li que pela sexta vez este ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o presidente Lula por fazer propaganda eleitoral antecipada em favor da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Isso é um abuso. Nenhum cidadão, seja ele presidente ou não, tem o dever moral de errar tanto. Dá a impressão de que a lei não existe para ele, não há limite nem muito menos respeito. No total, os valores das penalidades chegam a R$ 42,5 mil, mas nenhuma das multas foi paga pelo presidente, porque ainda cabem recursos às decisões.

Gilson Sousa

terça-feira, 22 de junho de 2010

A prima IV: doida por umas palmadas


Digam se não estou coberto de razão: morava sozinho há tempos e sempre fui um cara organizado e com certos caprichos. Sempre contratava uma diarista para a faxina do apartamento e para deixar tudo exatamente no seu devido lugar. Coisa de macho mesmo. Mas hoje em dia, com essa prima morando de graça aqui em casa, achei que não custava nada a moça executar ao menos uma simples limpeza nos cômodos de vez em quando. Afinal, ela está bem mocinha.
Na minha vivência, sempre soube que o trabalho engrandece o ser humano. Mas essa menina de Capela parece que não quer saber disso, não. E por isso eu continuo desconfiado que tio Herinaldo, que já foi pro céu, e tia Malvina, que sequer enxerga mais, não souberam educar ela direito. Despacharam a mercadoria aqui pra casa e pronto. “Tome, se vire!”, foi o que me disse o outro primo quando veio trazer a moça com mala e cuia. Mas destá.
Outro dia, vendo o apartamento cheio de poeira, fui pedir à prima para fazer a faxina, ao menos nos quartos, e a danada mangou da minha cara. “Se quiser, vai ter que me pagar”, disse. Aí me retei. Fiquei furioso. Perdi o controle. Ameacei dar-lhe umas palmadinhas, mas ela nem tremeu. Pelo contrário. Correu pro quarto, pulou pra cama e fez graça com o bumbum pra cima: “Bata, se for homem!”.
Não teve jeito. Peguei a vassoura, respirei fundo, pensei na Lei Maria da Penha, e achei melhor começar a varrer o apartamento pela varanda. Só assim eu consigo me acalmar.

Gilson Sousa

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Inverno pode trazer surpresa ruim para Sergipe


Desconfio que o poder público sergipano aguarda somente a concretização de uma tragédia provocada pela chuva para tomar uma providência em relação ao bem estar e segurança da população. Estamos assistindo com temor os acontecimentos na vizinha Alagoas, quando até o momento 19 pessoas perderam a vida, e em Pernambuco, com 12 registros de morte. E tudo justamente por causa da falta de investimentos em infraestrutura, facilitando as coisas para as águas da chuva.
Em Aracaju, regiões como Zona de Expansão, Mosqueiro, bairro São José, Coqueiral, encostas de morros e até o badalado Jardins estão na iminência do perigo. Basta uma chuvarada um pouco mais forte que o comum e quase tudo vai, literalmente, água a baixo. E nada de o poder público enxergar isso. A depender das queixas expressas através da mídia, faz-se um remendo aqui e outro acolá. E pronto.
É bom lembrar que o temido inverno teve início hoje pela manhã. Por enquanto, as chuvas são esparsas e sem muita agressividade. Mas o céu insiste em permanecer nublado. E nem sempre as previsões de meteorologistas, principalmente aqui em Sergipe, costumam ser concretizadas. A natureza costuma surpreender.
Portanto, bem que essas autoridades que aí estão poderiam investir mais em obras necessárias para se evitar tragédias. As imagens vistas nos municípios alagoanos e pernambucanos são assustadoras, pois além das mortes, milhares de pessoas estão sem abrigo (17.719 pessoas estão desabrigadas e outras 24.331 estão desalojadas e morando temporariamente na casa de amigos e parentes). Ainda não há um número oficial de desaparecidos e os prejuízos materiais são incalculáveis.
A propósito, a foto mostra um pedaço do Jardim Jussara, na região do bairro Jardins, área nobre de Aracaju.

Gilson Sousa

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Luto na literatura portuguesa: Saramago morreu


A literatura portuguesa está de luto. Nossa língua mãe perdeu hoje o escritor português e Prêmio Nobel de Literatura em 1998, José Saramago, 87 anos. Aliás, único escritor de língua portuguesa a conquistar o prêmio mais importante da literatura mundial, o que prova o pouco caso que fazem com a nossa língua, já que no passado tivemos inúmeros escritores de altíssimo nível e que nunca foram contemplados com o Nobel.
Mas Saramago se foi. Diz a imprensa que ele morreu em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Durante algum tempo tive como livro de cabeceira uma coletânea de crônicas do português chamada ‘A Bagagem do Viajante’, livro que até hoje me ensina a conduzir com idealismo um texto literário. Mas José Saramago era um autor prolífico. Além de romances, publicou diários, contos, peças, crônicas e poemas. Ainda em 2009, lançou mais um livro, ‘Caim’.
A propósito, ‘Caim’ acabou de ser lido por dona Cleonice, mãe do Cleomar Brandi, que o achou intrigante. A obra retoma um personagem bíblico, subvertendo a versão oficial da Igreja Católica. E eu quero lê-lo mais tarde, pois apresenta semelhanças com o também seu ‘Evangelho segundo Jesus Cristo’, livro que não agradou aos religiosos, provocando grande polêmica entre os católicos, já que Saramago era um ateu convicto de esquerda.
Outro de seus romances, ‘Ensaio sobre a Cegueira’, narra uma epidemia em que os personagens perdem a visão, enquanto uma mulher a mantém, acabou virando filme de cinema pelas mãos do diretor brasileiro Fernando Meirelles. Atualmente Saramago estava preparando um livro sobre a indústria do armamento.
“Todo mundo tem armas, vivemos numa sociedade de violência, que é aceita e a televisão está nos dizendo todos os dias que a vida humana não tem nenhuma importância”, afirmou o português, durante entrevista em novembro. Portanto, esteja onde estiver, José Saramago terá sempre nossa admiração e gratidão pelo o que fez por nossa literatura.

Gilson Sousa
Fonte: www.ig.com.br

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Rei do futebol merece mais respeito e atenção


A imprensa brasileira, principalmente a rede Globo, é deselegante e até ingrata com o Rei do futebol mundial, o nosso Pelé. No universo inteiro, o jogador de futebol que conquistou três copas (58/62/70) é respeitado como a maior autoridade futebolística. Foi eleito o jogador do século XX e até hoje serve de exemplo para muita gente boa que pretende seguir carreira na profissão esportiva.
No entanto, basta o ex-jogador argentino Diego Maradona abrir a boca para falar mal de Pelé – morrendo sempre de inveja, é claro -, que a imprensa nacional reserva espaços generosos para repercutir as alfinetadas. Aliás, somos tão terceiromundistas, gente de auto-estima tão baixa, segundo a Globo, que perdemos tempo querendo fazer comparações entre os dois atletas. Não dá.
O argentino, sim, foi um craque de bola como foi Zico, Didi, Eusébio, Puskas, Platini, Baggio, Zidane, Ronaldinho Gaúcho e alguns outros mundo afora. Hoje não passa de um cidadão arrogante, ex-drogado, que não serve de exemplo pra ninguém. A imprensa bem que poderia enxergar isso. Mas sei não. Comportamentos como esse me cheiram a pitada de racismo, apesar de Pelé nunca na vida ter se envolvido favoravelmente com as questões dos negros no Brasil.
Portanto, pega leve imprensa brasileira! Respeite quem merece respeito e contribua para uma formação mais patriota, mais bairrista e menos subserviente às coisas que vem de fora. Temos o Rei do futebol, temos o maior número de títulos em Copas do Mundo, temos o conjunto de maiores craques espalhados pelos diversos campeonatos mundo afora, então, por que vangloriar um elemento que chegou a usar o nome de Deus para justificar uma de suas trapaças na vida? Pega leve.

Gilson Sousa

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Prisão do sargento Vieira é 'jogada de mestre' da galera do mal


Quando a política partidária se envereda pelos campos da baixaria e mesquinharia só quem perde é a sociedade. E quando políticos astutos e visivelmente mal intencionados resolvem abraçar uma causa inglória, só para tirar proveito eleitoral, quem perde também é a sociedade. Portanto, nesses casos vive-se a história do ‘se correr o bicho pega, se ficar o bicho come’. Ainda mais quando está em cena o grupo político que abraça a ideologia do ex-governador João Alves Filho, do DEM.
Vejamos o caso da prisão anunciada do policial militar Jorge Vieira da Cruz, sargento que dirige uma das associações que representam parte da corporação. Por determinação da Justiça Militar – atentem bem... Justiça Militar -, o dito senhor será detido nas dependências do quartel por cinco dias. Isso porque havia desrespeitado a hierarquia militar, intencionalmente, já que seu grupo se alimenta de aspirações políticas no cenário sergipano.
Pois bem. Um promotor de justiça militar – sim, existe Ministério Público Militar -, fez a denúncia contra o sargento que desrespeitou ordem superior, e o juiz militar – existe juiz militar – ordenou a detenção por cinco dias. Até aí nada de anormal, pois dezenas de militares são presos cotidianamente por casos diversos. A propósito, existe até um presídio militar – sim, um presídio militar -, onde ficam confinados bandidos fardados que apavoram a sociedade com seus crimes absurdos.
Mas vamos ao que interessa: o sargento Vieira, que será detido a partir desta terça-feira, sensibilizou parlamentares da oposição na Assembleia Legislativa e conseguiu transformar sua prisão num fato político. Ficou ao lado do astucioso deputado Venâncio Fonseca, com o aval de João Alves Filho, e decidiu propagar à sociedade sergipana que sua prisão decorre de ordem do governador Marcelo Déda. Vê se pode uma coisa dessas!
Mas o pior é que muita gente vai acreditar nisso. Nossa imprensa é ingênua e muitas vezes burrinha. Ninguém vai analisar friamente a questão. A comunicação do governo estadual, infelizmente, não está sendo capaz de amenizar tal estrago. E a culpa pela prisão do militar insubordinado irá mesmo recair sobre os ombros pesados de Marcelo Déda. Será uma jogada de mestre... daqueles que só pensam no mal, pois mais uma vez somente a sociedade sairá perdendo. Lamentável.

Gilson Sousa

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Vuvuzelas ou Galvão Bueno? Quem irrita mais?


Durante as transmissões dos jogos da Copa do Mundo da África do Sul, que começou hoje pela manhã, não sei o que será pior: aturar a narração irritante do ufanista Galvão Bueno ou encharcar os ouvidos ao som das não menos irritantes vuvuzelas. Mas isso para quem não tem TV por assinatura, é claro. O que, aliás, diz respeito à maioria do povo brasileiro. Quiçá mundial, já que em Sergipe, por exemplo, sequer temos a Bandeirantes nos canais abertos.
O barulho ensurdecedor das vuvuzelas sopradas pelos torcedores é mesmo fora de contexto. Chega a tirar sua concentração de vez em quando. Todavia, a voz de Galvão Bueno e o seu jeito autoritário de narrar conseguem azucrinar muito mais qualquer telespectador atento. Enfim, serão 64 partidas ao som das vuvuzelas, mas ainda bem que nem todas serão narradas pelo cidadão da Globo.
Já em relação às imagens, impressiona o show apresentado ao telespectador durante as partidas. Vários ângulos, câmeras distintas, precisão nos detalhes, closes, enfim, um espetáculo mesmo. E a novidade é que nesta copa 25 jogos serão transmitidos com a nova tecnologia 3D, utilizando sete pares de câmeras que permitirão o efeito a ser visto pelo público em salas de cinema mundo afora. Aí, sim, valerá à pena curtir o futebol.

Gilson Sousa

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Tenham mais prudência no trânsito


Em relação ao trânsito de Aracaju, juro que não tenho vocação alguma à santidade. Muito menos desejo. Aliás, detesto dirigir automóvel e o faço por mera necessidade diária. Mas nem por isso sou mal educado, não. Procuro seguir as regras de trânsito e não dou sopa para a SMTT abarrotar os cofres com a arrecadação de multas. À medida do possível, sou cauteloso sim.
O problema, quando o assunto é trânsito, é a atitude bárbara dos outros motoristas. E nesse contexto, duas delas me irritam profundamente: dirigir o carro e falar ao celular de forma simultânea, principalmente quando estiver fazendo curvas ou retornos; e convergir à direita ou esquerda e sequer acionar o pisca-pisca. Isso é praticamente um murro no meu estômago.
Mas não posso fazer nada, a não ser lamentar. Acompanho sempre os comentários revoltados do amigo jornalista Dílson Ramos (www.dilsonramosjc.blogspot.com), em relação ao comportamento de motoristas aracajuanos, e acabo sempre concordando com ele. A falta de educação é gritante. Pessoas são atropeladas, trucidadas e esmagadas por conta das imprudências. E até quando isso vai ser assim?
A propósito, quando acontece uma pane no sistema semafórico das principais ruas e avenidas (foto), aí é um ‘Deus nos acuda’, um ‘salve-se quem puder’, já que educação é uma plataforma distante no trânsito dessa nossa cidade. Portanto, prudência, companheiros, prudência. É o que lhes peço, já que se revestir de educação não parece ser do interesse da maioria dos motoristas e muito menos compromisso dos governantes.

Gilson Sousa

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A prima III


Cruz, credo. Já não aguento mais ficar acordado até tarde, todas as noites, só para fazer companhia à minha prima no sofá da sala. É que a danada adora ficar vendo televisão madrugada adentro. Alega ter insônia e não consegue ficar sozinha. Aí morre de medo e eu sou obrigado a permanecer lá também. Não sei pra quê. Já estou desconfiando que tio Herinaldo, que já foi pro céu, e tia Malvina, que sequer enxerga mais, criaram mal essa menina.
Eu admito que até acho essa moça engraçadinha. Mas é prima. Lá em Capela os moços dizem que é uma das mais bonitas do povoado, mas também ouvi dizer que a bicha é burrinha. Também pudera. Aqui em casa só quer ficar vendo novela e esses filmes de tiroteio. E ainda quer que eu assista. Repare se tem cabimento!. Só fico na sala porque tenho pena dela, mas as vezes nem dou ligança.
Ela gosta mesmo é de usar minhas camisetas de malha, de preferência as mais folgadas. Tadinha, sente um calor danado. Aí deita esparramada no sofá e fica com umas histórias de ‘primo querido pra lá, primo querido pra cá...’. Não gosto muito disso, não. Mas tenho pena dela, às vezes. A bichinha não tem maldade. O povo da rua é que fica falando coisa sem graça. Mas eu também não caio nas conversas dela, não. Só fico na sala até tarde porque tenho pena.
E quer que eu diga a verdade: essa prima é um enjôo sem precedentes. Às vezes fica pedindo para eu cortar as unhas dos pés dela, passar creme em tudo quanto é lugar, dar massagens, essas coisa chatas. Já estou vendo a hora de ela pedir que eu a depile. Aí tenha paciência. Deus me livre de fazer isso. Não sou besta, não. Prefiro ficar toda noite ali, de olho pregado nela, só pra ter a garantia de que a danada vai poder curtir a televisão sem se preocupar com nada. Deixe que eu passo o olho nas coisas.

Gilson Sousa

sábado, 5 de junho de 2010

Golaço do “Mais querido”


Sinceramente, gostei da atitude do pessoal que está no comando do tradicional Clube Sportivo Sergipe. Pra tentar levantar a moral do time de futebol, realizaram hoje o “Dia do mais querido”, uma espécie de massagem de ego numa das agremiações esportivas mais populares e respeitadas de nosso Estado.
Como o mundo inteiro sabe, eu sou Confiança de coração. Quando guri sonhador, cheguei a vestir a camisa azulina do juvenil durante alguns torneios. Tive como treinador o grande radialista Fernandes Dória, que também nos ensinou a amar e respeitar o tradicional Dragão do bairro Industrial. E isso me basta.
Mas o que quero dizer é que realizações como esta, do Sergipe, estão sendo mais que necessárias para tentar tirar da lama o pobre futebol profissional que a gente tem aqui. O pessoal do “Mais querido” foi feliz. Juntou um monte de empresário, recebeu apoio da TV Atalaia, organizou uma festa com direito a transmissão ao vivo pelo programa de Fabiano Oliveira, e conseguiu mexer com a emoção do torcedor. Tudo isso Às vésperas da Copa do Nordeste.
Enquanto isso, meu time, que também vai participar da Copa do Nordeste, achou por bem resgatar comandantes e comandados biriteiros que só trarão dor de cabeça durante a importante competição regional. Fazer o quê, né.???!!!. Apenas torcer para que os vexames sejam minimizados, já que dentro do elenco também se encontram profissionais sérios que merecem nosso respeito e admiração. Mas nada de ilusão.
A propósito, além da boa iniciativa do rival Sergipe na manhã de hoje, o que mais me chamou a atenção durante a transmissão da TV Atalaia foi ver o deputado federal Albano Franco, sócio majoritário da concorrente TV Sergipe, dizendo com voz trêmula que dará todo o apoio possível ao futebol sergipano. Lenga-lenga. Até porque, enquanto ele resmunga isso, o pessoal do jornalismo esportivo de sua emissora continua boicotando acintosamente o futebol profissional.
Uma pena para o Estado, para o povo, para o bom jornalismo e principalmente para os profissionais envolvidos com o esporte que no restante do país é o mais badalado e cultuado. Mas independente dos agourentos, viva o pobre futebol sergipano e suas boas iniciativas. Viva!

Gilson Sousa

terça-feira, 1 de junho de 2010

Big brother infantil nas escolas do país


De forma bastante inteligente, a equipe de jornalistas do Telejornal Hoje (Rede Globo) criou um quadro chamado “Vai dar o que falar”. Discute essencialmente pautas do Congresso Nacional que podem mexer com a vida do cidadão brasileiro. Sejam elas idiotas ou não. O fato é que traz à luz fatos que merecem mesmo uma boa discussão. Hoje mesmo eles abordaram um projeto de lei que prevê a instalação de câmeras de vigilância dentro de escolas infantis, seja ela pública ou privada.
De acordo com a matéria, o projeto em discussão no Congresso obriga todas as escolas de educação infantil a instalar câmeras para monitorar as crianças de até 6 anos e professores. O objetivo é coibir casos de violência na primeira infância. Mas será que isto é certo? Eu mesmo sou contra. Essa moda big brother não pode pegar assim aleatoriamente. É um precedente perigoso. Daqui a pouco vai ter câmeras nos banheiros, nos alojamentos das crianças, e a direção da escola vai dizer que está amparada na lei.
Já imaginou esses equipamentos em escolas públicas de bairros – com todo o respeito – como Santa Maria, Conjunto Jardim e por aí afora? Seria, certamente, dinheiro público jogado no lixo. E muito dinheiro, por sinal. Esses equipamentos custam caro, e isso sem contar com os custos de manutenção e operação. Portanto, esse deputado que teve a ideia de apresentar o projeto, deveria mesmo era... deixa pra lá. Afinal, seu projeto de lei deu no que falar.
Quanto à reportagem do Jornal Hoje, as várias opiniões prós e contras a ideia das câmeras foram exibidas de forma democrática. De acordo com o vídeo, uma escola particular em Brasília já usa o sistema de monitoramento. As câmeras estão espalhadas pelos corredores e também nas áreas de recreação, bem por isso, de casa, pela internet, os pais acompanham o que acontece com os filhos no prédio da escola. Mas pergunto novamente: isto é correto?
Uma outra escola, segundo a reportagem, vai na contramão da ideia. Ela valoriza na aprendizagem, a vivência dos alunos. Por esse motivo, a palavra das crianças em questão vale mais do que qualquer imagem. Ou seja, quando o aluno conversa com os pais sobre o dia na escola, o que conta é a sua palavra. “Se você declara que tem uma monitoração, você tira essa naturalidade”, garante Julia Passarinho, diretora da escola citada.

Gilson Sousa

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Brasil já arrumou desculpa, caso perca a Copa


Nem começou ainda a disputa da Copa do Mundo e os jogadores da seleção brasileira já mostraram o salto alto que pretendem usar durante o torneio na África do Sul. Certos de que são limitados, passaram a gora a criticar a bola que será utilizada nos jogos. Bobagem. Mas os craques de salto alto e bolsos recheados de dólares e euros não iriam perder a oportunidade.
Pelo menos até agora o goleiro Júlio César, o reserva Júlio Baptista, o atacante Luís Fabiano e o volante Felipe Melo engrossaram o coro contra a bola Jabulani, da Adidas. Bobagem, torno a dizer.
Quando eu era guri – aliás, eu e mais alguns milhões de guris mundo afora -, jogava futebol até com bola de pano, bola de borracha, bola de lata. Só não chutava bola de vidro porque cortava os pés e paralelepípedo porque esbagaçava as unhas. Agora vem esses caras milionários com essa onda de ‘mocinha’. Vê se pode!
A propósito, as criticas à bola Jabulani são bem criativas. Luiz Fabiano, por exemplo, disse que é “sobrenatural”, e Júlio César disse que parece bola de supermercado. Já Felipe Melo, o volante cabeça de bagre, afirmou que bolas normais são “mulher de malandro”, mas a do Mundial parece que “não gosta de ser chutada”. Repare se isso é coisa que se diga.

Gilson Sousa

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A riqueza da MPB nas mãos de desconhecidos


Sabe aqueles espetáculos musicais que você vai assistir despretensiosamente, só porque lhe convidaram de última hora, e que você sequer sabia pronunciar direito o nome do (s) artista (s)? Pois é. Lá fui eu ao Viva Ará Café no sábado passado, pensando apenas no bom papo e na cerveja gelada ao lado de Paulo Lobo, Silvio Rocha e companhia ilimitada. Coisa de costume. Mas eis que a noite nos reservava uma surpresa mais que gratificante. Estava prestes a conhecer dois grandes artistas nacionais que encheram meus olhos e principalmente meus ouvidos com boa e autêntica música popular brasileira.
Era dia de show de Tatiana Cobbett e Marcoliva, uma dupla de Florianópolis que um dia antes havia feito a abertura do show de Moraes Moreira no majestoso teatro Tobias Barreto. Mas no Viva Ará, espaço simples e pequeno, porém não menos importante, Tati e Marco não deixaram por menos. Eu mesmo ajudei até a carregar parte do cenário montado na hora pela própria dupla de artistas. Uma aula de inspiração e dedicação. E a gente ali, acompanhando tudo ao lado das cervejas geladas.
Foi então que chegou a hora do show. Público chegando, pessoas curiosas, umas afoitas, feito Tanit Bezerra, outras acalentadas, feito Joubert Morais. E o calor tomando espaço. Até que no palco, preenchido por duas vozes e um baita violão, Tatiana Cobbett e Marcoliva deram o recado da melhor maneira possível. Cantaram músicas do recente cd autoral ‘Bendita Companhia’, mas agregaram até o nosso Joubert ao repertório. Desfilaram os mais diversificados ritmos brasileiros de jeito bem próprio, passando pelo forró, choro, valsa, samba, rock, baladas. Uma noite memorável.
Depois do show, como o espaço é pequeno e altamente democrático, tivemos o prazer de ter à nossa mesa a própria Tatiana. Aliás, trata-se de uma carioca que é também bailarina formada pela Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Sua biografia aponta que trabalhou durante 12 anos na companhia paulista Balé Stagium e já produziu inúmeros espetáculos de dança país afora. Uma maravilha. E quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho da dupla acesse:
www.sonoraparceria.com.br/benditacompanhia ou www.clubecaiubi.ning.com/profile/tatianacobbett.


Gilson Sousa

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A confissão da bruxa


Peço aplausos para a reportagem da Veja, assinada pelos jornalistas Ronaldo Soares e Roberta de Abreu Lima, que trata da atitude covarde e mesquinha da procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant’Anna Gomes, 66 anos. Ela é acusada de torturar com frieza e fúria uma menina de 2 anos que estava sob sua guarda, em regime de adaptação ao lar para possível adoção.
Com o sugestivo título “A confissão da bruxa”, a reportagem de capa praticamente sacramenta a culpa da mulher que vive no Rio de Janeiro e ganha, como aposentada, R$ 23 mil por mês. “... é uma dessas bruxas malvadas de carne e osso. Presa de número 323 010 do Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro, ela se entregou à polícia depois de passar oito dias foragida”, conta a matéria corajosa, sem maquiagem e principalmente sem hipocrisia, fato que infelizmente domina a maioria das abordagens em nossa imprensa escrita.
A revista Veja diz ainda que a procuradora Vera Lúcia, acusada de tortura, tenta justificar sua crueldade culpando a criança. Só que uma testemunha afirma que ela também batia na mãe. “Como uma bruxa má, não demonstra nenhum arrependimento e sua lógica é a da desrazão”, cita a revista.
Sabida e com dinheiro suficiente para bancar bons advogados, Vera Lúcia admite que não poderá mais sair às ruas tranquilamente no Rio. “Crime que envolve criança tem uma repercussão muito grande. É como estupro. Se saísse hoje para caminhar em Ipanema, sei que não chegaria em casa viva”, disse a ‘bruxa’. Por fim, admite: "Chamei a garota de cachorra mesmo. Mas chamar alguém de cachorro não é ofensa. Os cães são mais amigos e leais do que muito ser humano por aí".
Cadeia nela. Quanto à criança, voltou para o abrigo e vive hoje assustada e sem querer falar com desconhecidos. Parabéns à Veja.

Gilson Sousa

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A culpa é da cachaça


Cachaça faz coisa que até o diabo duvida. Na moral. Fiquei impressionado com a história do padre Silvio Andrei, 40 anos, sujeito simpático, que depois de uma bebedeira inconteste, resolveu dirigir seu Fiat Idea quase pelado pelas ruas da pequena Ibiporã, interior do Paraná. Achando pouco esse ato, o padre tentou ainda seduzir os policiais que o abordaram fazendo-lhes uma proposta obscena. Uma espécie de agrado oral, segundo ele próprio. Resultado: foi autuado em flagrante por ato obsceno, embriaguez ao volante e corrupção ativa.
E tem mais. O padre bonitão, quando viu-se acuado pela polícia interiorana, disse ser professor universitário e tentou a tática do suborno financeiro. Não deu. Os ‘tiras’ paranaenses não queriam papo. Levaram o religioso para a delegacia. Ainda mais depois que souberam que o padre safadinho já havia tentado molestar um adolescente pouco antes desse episódio, bem perto de onde foi detido. Isso sem falar na garrafa de cachaça encontrada no interior do veículo.
Já na cela, ainda com sinais de embriaguez, o padre responsável por uma paróquia em São Paulo – estava no Paraná para celebrar um casamento -, apareceu na TV em cenas deprimentes. Estava só de camisa social, sem as partes de baixo, algemado pelos pés na grade da prisão, feito capeta. Para o advogado dele, o episódio não passou de um mal entendido, já que padre Silvio andava deprimido, inclusive ingerindo remédios controlados a boas doses de vinho. Agora resta-nos aguardar qual será a desculpa do bispo, até porque o padre já foi liberado da cadeia.

Gilson Sousa