quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O país dos gordinhos


Que o brasileiro está se alimentando muito mais nos últimos anos está na cara. Aliás, na barriga. Desde que o país retomou um certo crescimento econômico e investiu pesado em programas sociais para tentar reduzir a miséria e colocar comida todos os dias na mesa do povo, muita gente vem perdendo a postura. Sim, o brasileiro está se alimentando em grande quantidade. O problema é a qualidade da comida.
Repleta de hormônios, frituras e produtos ‘explosivos’, essa comida está deixando o povo mais ‘inchado’ do que nunca. Basta observar nas ruas. No ano passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) mostrando que em todas as regiões do país, em todas as faixas etárias e em todas as faixas de renda aumentou consideravelmente o percentual de pessoas com excesso de peso e obesas. Não era para menos.
A pesquisa diz que esse sobrepeso atinge 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. Uma preocupação sem igual. Mas parece que ninguém está ligando muito para isso. E haja sanduíche, miojo, pão, feijão, rabada, feijoada, pizza, buchada e tudo aquilo que a gente adora comer. Que o diga o ex-jogador de futebol outrora chamado de Fenômeno, o nosso Ronaldo. Esse, que deixou os campos no começo desse ano, virou um fenômeno nas estatísticas propaladas pelo IBGE.
“Galera, descobri que a vida de aposentado tem uma coisa muito boa. Agora eu posso tirar foto sem camisa nas férias sem ser detonado na imprensa!”, brincou Ronaldo. “Antes a manchete seria: Acima do peso, Ronaldo.... Agora é: Ronaldo curte praia com a família. Melhorou demais”, disse ele, através do twitter. E viva o país dos gordinhos.

Gilson Sousa

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