sábado, 21 de novembro de 2009

O Leão rugiu, senhoras e senhores!


Avisem ao mundo: o Leão rugiu pra valer. Depois de 22 dias confinado num leito de UTI, no Hospital São Lucas, o velho guerreiro Cleomar Brandi recebeu alta médica e está indo se recuperar num apartamento do próprio hospital. Daqui a mais uns poucos dias estará em casa, onde receberá visitas e mais visitas dos amigos, admiradores e afins. Esse é o velho Cléo.
A propósito, o Leão mudou de aparência. Deixou de lado aquela velha barba e os cabelos longos, como na foto aí. Está praticamente de cara limpa, como se estivesse dando início a uma vida nova. O que não deixa de ser verdade. É o nosso Benjamim Button. Um renascimento espetacular. Ainda mais quando lembramos da angústia diária por conta do seu sofrimento durante a estressante estadia na UTI. Xô!
Cleomar, para quem não sabe, foi submetido a uma delicada cirurgia de retirada do intestino grosso. É que nele havia um incômodo e indesejável caroço. Mas foi embora, graça a Deus. Logo após essa primeira cirurgia, ainda no leito da UTI, Cleomar teve que fazer outra. Dessa vez uma hérnia de disco. Vida dura pro Leão de 63 anos.
Mas ele suportou. Aliás, ele suporta. Suporta a dor no corpo. A dor das escaras. A dor da solidão hospitalar. A dor da distância dos amigos. A dor da ausência do conhaque. A dor do coração inseguro. A dor de viver. “Minhas noites têm sido dolorosas, Negão. É a hora em que o filho chora e a mãe não vê, nem ouve”, disse-me Cleomar recentemente, apertando minha mão com força considerável e revelando com os olhos que a história está lhe dando outra chance para que todos nós possamos aprender com ele o que é realmente viver.

Gilson Sousa

3 comentários:

  1. Ow, que lindo! Estou tão feliz por Cleo!!

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  2. Caro Gilson, só um amigo poderia captar este momento difícil na vida do grande Cleomar e em palavras dizer tudo. Parabéns pelo texto e vida longa ao Leão. Um abraço, Armando.

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  3. Falei com ele ontem, por telefone. Um alívio em ouvir aquela voz pesada e segura e quem chorou sem que o pai visse, fui eu.

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