
Para falar a verdade, é cruel, mas eu concordo com o pensamento do coveiro carioca Leandro Silva Oliveira, de 25 anos. Hoje pela manhã ele teve que enterrar numa cova rasa do Cemitério do Caju o corpo de Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre de 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, ocorrido no último dia 7.
“O sentimento foi de ódio. Acho que um cara desses não merecia ser enterrado”, atestou o coveiro. Eu também acho. Para mim, não tem distúrbio mental algum que justifique você premeditar o assassinato de crianças daquela forma. Isso é coisa de animal selvagem. E animal selvagem não merece e nem precisa de enterro formal.
A propósito, o assassino teve até muita sorte. Não foi enterrado como indigente porque o seu corpo saiu identificado do IML carioca. No entanto, nenhum parente foi até o necrotério reconhecer o cadáver nem muito menos compareceu ao sepultamento. Foi direto para o inferno.
Gilson Sousa
A foto, do coveiro Leandro, é de Sabrina Lorenzi/iG