quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Um protesto de peito aberto


Taí um protesto interessante. Pelo menos nos últimos três anos um grupo de pessoas nos Estados Unidos vem se manifestando em Miami Beach, na Flórida, para exigir a igualdade de gênero na hora de exibir seus corpos. É a turma a favor do tão desejado topless feminino. Para justificar o protesto nas ruas, eles usam o argumento que tanto homens como mulheres possam ter o direito de fazer topless nas praias do país. A última manifestação aconteceu há um mês e se estendeu a pelo menos outras 12 cidades americanas, como Los Angeles (em Venice Beach), Califórnia e Nova York.
Na verdade, as mulheres protestantes lutam por direitos iguais em Miami Beach. Consideram o topless, um ato de igualdade com os homens. “Queremos um mundo mais igual, onde as mulheres podem exibir os seios como os homens fazem”, diziam os cartazes expostos durante a manifestação.
É claro que certas ‘aberrações’ da natureza não precisam e não devem ser mostradas em público. Mas acho o protesto americano interessante porque sempre considerei a maior besteira ficar escondendo uma parte tão linda do corpo feminino. Um pudor sem cabimento. Como que não soubéssemos o que exatamente está por trás dos biquínis. A propósito, em muitas praias da Europa, como Ibiza e outras, é muito comum a prática do topless feminino. Isso já se tornou até algo natural e cultural.
Certos estavam, e muitos continuam estando, os índios do litoral americano. Exibiam seus corpos, independente da forma, com a naturalidade abençoada por Deus. Aí vieram os imundos portugueses, espanhóis e holandeses e praticamente obrigaram o uso das vestimentas. Por sorte, muita gente não obedeceu. Como não obedece até hoje. Têm apenas que cumprir ‘regras sociais’, mas na primeira oportunidade jogam fora tudo aquilo que incomoda, seja dentro de casa ou numa praia deserta e/ou restrita, e deixam livres seus seios, pernas, bundas e o que mais quiser.
Portanto, aplausos para o movimento em favor do topless. Que seja realizado mundo afora, principalmente em terras brasileiras, onde a vaidade costuma andar de mãos dadas com o falso moralismo. Em nome da igualdade de gêneros, deixem as mulheres serem felizes. Pelo menos na praia.

Gilson Sousa

Um comentário:

  1. Excelente causa! Tem que ter peito para enfrentar o moralismo da sociedade que se veste de hipocrisia. Vamos lá, vou liderar movimento semelhante aqui em SE! Posso contar com seu apoio?

    ResponderExcluir