terça-feira, 6 de abril de 2010

Perigo à vista na ponte


Os muito afoitos na arte de bajular que me perdoem, mas a ponte Joel Silveira, apontada como a maior obra de infraestrutura do atual governo, é muito da mal feita. Não do ponto de vista arquitetônico nem muito menos estrutural, mas sim do ponto de vista prático e funcional. Foi erguida sobre o rio Vaza Barris sem a mínima preocupação com o futuro tráfego de veículos na região sul litorânea de Sergipe. Aliás, um futuro tráfego que promete ser dos mais intensos em nosso estado.
Vejamos então: a ponte Joel Silveira tem 1.080 metros de comprimento de vão, 11 metros de largura e um total de 420 metros nas cabeceiras. Possui apenas duas pistas de rolamento de 3,5 metros cada, configurando mão e contramão, e aí é onde mora o perigo. As ultrapassagens serão dificílimas. Mas você acha que todo mundo vai respeitar o Código de Trânsito e nunca ultrapassar no percurso da ponte? Ah, vai ultrapassar sim. Mas como? São apenas 3,5 metros e no meio existem tachões amarelos grudados na pista que são convidativos à tragédia. Pode crer.
Aqui não vai nenhum agouro, Deus me livre, mas vão acontecer acidentes lamentáveis naquela ponte. Imagine você um cidadão com ‘umas duas’ na cabeça voltando das praias daquela região e com uma certa pressa para chegar em Aracaju ou no céu. Vai querer ultrapassar na ponte e vai se estropiar. Repare bem. Imagine aquele engarrafamento que poderia ter sido evitado, se o governo gastasse um pouco mais de dinheiro para alargar as pistas. Um horror. Mas como nem tudo está perdido, ainda bem que a ponte tem ciclovia, área de passeio e um pequeno acostamento parcial de dois metros. Ufa!

* A foto é de Marco Vieira

Gilson Sousa

Um comentário:

  1. É Deda querendo disputar com João Alves, fazendo obras faraônicas... a solução seria colocar radares e limitar a velocidade. Pra quem vem bêbado, é mais fácil no inferno!

    Isaac

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