segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Menos Papai Noel e mais Jesus Cristo


Desde que me entendo por gente e sinto na pele esse calor infernal do verão nordestino todos os anos, jamais acreditei nessa história de Papai Noel vestido com roupas adequadas para enfrentar a neve do ártico. Muita balela. Por isso, então, comecei a perceber o quanto estão desviando da gente o verdadeiro sentido natalino. Estão, sim, nos empurrando goela abaixo a imagem de um ‘bom velhinho’ vestido de vermelho e cobrando da gente um consumo desenfreado de ‘presentes’ para distribuir com familiares, amigos, vizinhos, enteados, cunhados, papagaios e o que mais aparecer em nossa frente.
Chega. Sei que não sou tão católico assim, mas sei discernir as coisas. O verdadeiro sentido do Natal é comemorar o nascimento de Jesus Cristo, esse sim o maior presente de Deus à humanidade. Só que muita gente está deixando isso em segundo plano. O comércio natalino virou o melhor negócio dos grupos empresariais durante o ano. As pessoas, pobres ou ricas, se arvoram na dissimulação dos presentes materiais e ainda fazem cara feia se alguém deserta desse time de consumistas incorrigíveis. Eu, heim!
O que desejo, na verdade, é que esse Natal nos chegue num plano onde exista menos Papai Noel e mais Jesus Cristo. Ok, tudo bem. Não há mal nenhum presentear uma pessoa querida nessa época. Mas não vamos encarar isso como uma obrigação de vida. Tenho certeza que uma confraternização sincera, um abraço caloroso e uma prece de agradecimento ao Criador de tudo já seriam suficientes para um Natal iluminado. Pense nisso. O tempo é para reflexão, para renovação do sentimento cristão, para a harmonia da família.
Aliás, meu editor Amaral Cavalcanti, no auge de sua sapiência, alerta para um fato: mesmo a humanidade idolatrando a figura de barba branca e roupas vermelhas como símbolo maior do Natal, ninguém por aqui nunca se importou em criar um outro símbolo com mais afinidade entre nós. “Irmã Dulce praticando a caridade não seria melhor?”, disse-me ele. Seria. Mas até que essa consciência recaia sobre essa pobre humanidade, os comerciantes continuarão a sorrir em demasia nestes finais de ano pomposos.
Então esse é o meu recado. Seja em Aracaju ou em Hong Kong, a comemoração natalina tem que girar em torno da figura e significado de Jesus Cristo. Não se deixem levar facilmente pelos apelos midiáticos do comércio. Elevem suas preces e sintam-se devidamente contemplados com o presente que já recebemos do Pai. Aproveitem de peito aberto a tradição da ceia, quando a família se reúne, mas se lembrem de agradecer pelo presente que Deus nos deu: Jesus, aquele mesmo que um dia expulsou os vendilhões do templo de Salomão.

Gilson Sousa

Um comentário:

  1. Na minha opinião, o povo perdeu o sentido do natal a muito tempo e acaba caindo nessas armadilhas do comércio, até por que somos produtos dessa mídia infernal de propagandas apelativas. Precisamos nos aproximar mais de Deus e sentir o verdadeiro significado do natal que é o nascimento de cristo. Infelizmente vejo isso pouco no semblante e atitudes das pessoas... infelizmente...

    Isaac

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