quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sergipanos desprezados por Dilma


Estou começando a ficar com a impressão de que a presidenta eleita do Brasil, Dilma Roussef, não gosta mesmo de Sergipe. No entanto, nem imagino o que o povo daqui tenha feito de mal a essa poderosa mulher. O que sei é que desde que se iniciou a campanha eleitoral deste ano, ela vem demonstrando um desprezo enorme pelo nosso pequeno Estado. E olha que o presidente nacional do partido dela, o PT, é um sergipano, o Zé Eduardo Dutra.
Digo isso, de forma até indignada, porque durante todo o processo eleitoral ela sequer pisou os pés em território sergipano. E para quem não sabe, nós somos sim uma unidade da federação brasileira. Não importa o tamanho territorial, somos um Estado dentre os 27 da Nação. E uma mulher que buscava a eleição de presidente do país, sequer passou por aqui na campanha. Foi ou não foi?
Agora vem essa história de Ministérios. Primeiro o caso do senador Antônio Carlos Valadares. Queriam oferecer a ele um ministeriozinho qualquer, só para abrir espaço para Dutra no Senado, já que é o primeiro suplente de Valadares. Não deu certo. Nosso senador simãodiense bateu o pé e não aceitou migalhas. Tá certíssimo.
Passado esse episódio, agora foi a vez de Maria Lúcia Falcón, a técnica mais competente dos governos de Marcelo Déda em Sergipe, entrar na história. Primeiro a imprensa local e a nacional propagaram com alardes que ela seria a ministra do Desenvolvimento Agrário. Ouvi discursos e mais discursos elogiosos, tanto pela indicação da presidenta Dilma, como pela competência da indicada. Mas nada.
Eis que hoje sai na imprensa nacional que Dilma acaba de fechar o quadro ministerial e o nome para o Desenvolvimento Agrário não é o de Lúcia Falcón. Quem comandará a pasta é o deputado Afonso Florence (PT-BA). A desculpa, segundo as notas, é que a sergipana enfrentava resistências da corrente interna do PT, Democracia Socialista (DS), que está no comando do Desenvolvimento Agrário desde 2003. É mole? E a presidenta do país não dá pitaco nisso não, é?

Gilson Sousa

Nenhum comentário:

Postar um comentário