sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Internet virou lixeira eleitoral


O uso da internet para divulgação – positiva e negativa – das campanhas eleitorais do Brasil neste ano realmente obteve uma dimensão estrondosa. Diariamente, dezenas de e-mails pró e contra as candidaturas de Dilma Roussef e José Serra chegam à minha caixa de mensagens e nas de outros milhões de brasileiros país afora. São dezenas de ataques descabidos, elogios fantasiosos, mentiras deslavadas, invenções mirabolantes, vídeos insultuosos, textos ofensivos. Tudo em nome de uma eleição de tamanha importância para um povo atordoado.
Digo que votei em Dilma Roussef no primeiro turno das eleições e certamente votarei nela no próximo domingo, 31. Não que essa mulher seja a candidata dos meus sonhos. Mas sim por representar a continuidade do projeto de governo implantado por Luiz Inácio Lula da Silva. Abomino a ideia de retroagir nas questões sociais, morais e até cívicas neste país. Todavia, sinceramente, estou abominando também esse bombardeio de informações que só rebaixam o nível de uma campanha que era para ser exemplar e de alto nível em todo o território nacional e principalmente virtual.
Para mim, o que está acontecendo com esse uso desmedido da internet é uma tentativa de influência que pode se transformar numa espécie de ‘tiro no pé’. Um jogo de informações que não colabora com a dignidade das pessoas. Até porque a utilização do ‘span’ nas redes sociais é mesmo uma coisa irritante. Ninguém gosta de ter sua caixa de mensagens inundada de bobagens inoportunas. Portanto, é preciso se pensar nisso antes de encaminhar e-mails de campanha política sem que o destinatário acene com a concordância. Vamos jogar sempre limpo, mesmo que o adversário não seja tão correto assim.

Gilson Sousa

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