quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tecnologia digital: o terror dos corruptos


Que gente corrupta no serviço público integra o time dos idiotas, disso todo mundo já sabia. Só que não precisa se expor tanto. Em plena era da tecnologia digital acessível a todos, gente que usa de má fé para roubar ou desviar dinheiro, pensa que pode viver na impunidade o tempo todo. Não pode. E é por isso que quase que diariamente a gente acompanha pelos noticiários o flagrante em políticos com mandato, diretores de órgãos, policiais e até simples servidores públicos.
É muita gente metendo a mão no dinheiro público de forma covarde. Muitos deles não estão nem aí para o povo. Mas como são idiotas mesmo, como eu já disse, não se ligam que um simples aparelho de telefone celular pode gravar conversas, filmar e fotografar; uma caneta pode estar com uma câmera acoplada; uma pasta pode conter uma filmadora com microfone; ou seja, nessas horas o ‘big brother’ se transforma numa arma letal contra corruptos, mas benéfica para a sociedade.
Nos últimos dez anos, pelo menos, temos visto cenas de corrupção apavorantes neste país. A mais recente aconteceu em Mato Grosso do Sul, na cidade de Dourados, mas várias outras vêm sendo captadas quase que diariamente no Brasil. Aliás, reportagem do Correio Braziliense publicada em maio deste ano mostra que o preço da corrupção custa para o Brasil entre R$ 41,5 e R$ 69,1 bilhões por ano. A estimativa é de um estudo encomendado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
Agora, reflitam vocês comigo. Isso tudo vem à tona hoje por conta exatamente da tecnologia, indignação e coragem do povo oprimido durante séculos. Imaginem como era no passado, quando não existia nada para filmar, gravar ou até mesmo fotografar um flagrante. Quando não havia sequer a Lei de Responsabilidade Fiscal. Imaginem quanta ‘gente boa’ no Brasil ficou milionária se locupletando do erário. Até porque, até hoje, a fragilidade nas regras impostas aos ordenadores de despesas com o dinheiro público representa um convite para o roubo. E só não rouba nesse país quem é honesto de berço, tenham certeza.

Gilson Sousa

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