segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Gualberto e a eleição limpa


As eleições envolvendo candidatos sergipanos foram concretizadas ontem e com isso posso respirar aliviado. Meu candidato a deputado estadual, Francisco Gualberto, conseguiu a reeleição graças a um esforço tremendo de sua militância política. E é justamente sobre isso que quero escrever agora.
Confesso que impressionou-me os rumos tortuosos que tomaram as campanhas eleitorais este ano em Sergipe e nos demais estados, acredito. A força do dinheiro é quem dá as cartas. Não existe mais ideologia, simpatia ou paixão por uma causa política. Existe sim convencimento e conquista. E só por isso conseguimos eleger Gualberto.
Devo dizer que nunca antes havia participado intensivamente de uma campanha eleitoral. Quase sempre estive do outro lado do balcão, ou seja, numa redação de jornal acompanhando como repórter. Mas dessa vez foi diferente. Estava eu no dia-a-dia com o candidato percorrendo o interior, panfletando em Aracaju e seguindo os passos da campanha na sua intimidade.
Vi e revi, ouvi, presenciei e me impressionei com dezenas de histórias de compradores de voto. Boa parte fácil de comprovar. Mas só o Tribunal Regional Eleitoral e muito menos a Procuradoria Federal constataram tal coisa. Foi muito dinheiro de candidato – não se sabe bem a origem – circulando por aí. No entanto, adianto: nenhum centavo desses nas mãos de Gualberto. Fizemos uma campanha limpa, decente, honesta e conseguimos o objetivo da eleição. Podem acreditar.
Por essa razão, a minha comemoração vale mais à pena. A reeleição de Gualberto, com 22.220 votos devidamente conquistados, representou uma espécie de ‘último ato do último dos moicanos’ na política local. Conseguimos um mandato utilizando somente a militância na rua, sem estrutura pomposa alguma. E agora o nosso deputado, que não deve a cabeça e muito menos a consciência a ninguém, poderá nos representar com dignidade no parlamento estadual.
Poucos poderão fazer isso por lá. Disso eu tenho certeza. Portanto, valeu Sergipe. Valeu Gualberto.

Gilson Sousa

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