quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O bom trabalho de Cristian e o salário de ministro do STF


Fazer jornalismo em Sergipe é um ato heróico. Não que a profissão por aqui seja de extrema dificuldade no decorrer do exercício, mas é que o amadorismo é tão gritante, que enche de tristeza muita gente bem intencionada. Por isso é sempre bom destacar quem de fato consegue, ou ao menos tenta, fazer a coisa certa.
Digo isso para citar o trabalho combativo e corajoso do colega Cristian Góes, no seu blog http://cristiangoes.blogspot.com. É claro que é quase sempre polêmico, apimentado. Pisa no calo de muita gente, principalmente dos gestores públicos, mas tem compromisso com o fato verdadeiro. A única coisa que lamento é que acaba servindo de munição para políticos oportunistas que sempre trabalharam contra o povo e agora se colocam na posição de cobradores daquilo que nunca fizeram. Mas é o preço do jornalismo sério.
A propósito, pode não ter nada a ver, mas fiquei estarrecido com nota na coluna de Cristian desta semana: o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal vai ter reajuste e passará dos atuais R$ 24.500,00 para R$ 27.716,00 a partir de 1º de janeiro de 2010. É mole? E continua a nota: este aumento que vai atingir apenas 38 ministros ativos e inativos do Supremo e o procurador-geral da República provocará um efeito cascata nos demais salários, especialmente do Judiciário, que estão atrelados ao vencimento dos ministros do STF.
E mais: o resultado desse aumentozinho para os ministros vai elevar os gastos públicos em pelo menos R$ 157 milhões por ano. Na mesma linha dos ministros do STF, os delegados da Polícia Civil nos Estados e os promotores de Justiça também querem reajustes. Então, ta bom... E vocês sabem qual o valor do salário mínimo no próximo ano: “De acordo com os dados, o crescimento do PIB foi estimado em 4,5% e o salário mínimo foi fixado em R$ 505,90, o que representa um aumento nominal de 8,8% em relação ao salário de agora, que é de R$ 465,00”, informou a coluna de Cristian.
Então cadê a nossa imprensa, nacional e local, para manifestar-se contra tais absurdos?

Gilson Sousa

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