sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Herdei um tesouro literário


Tem pirata que corre o mundo atrás de tesouros. Tem gente que se vira atrás de preciosidades. Tem indivíduo que faz de tudo para conseguir uma jóia verdadeira. Mas tem gente que dá sorte. E eu estou nessa. Acabei de ganhar um tesouro sem definição. Não um tesouro daqueles abarrotados de ouro e prata. Mas um tesouro em forma de livros que fazem parte de cinco coleções: Os imortais da literatura universal; Clássicos Modernos; Mestres da literatura brasileira e portuguesa; Grandes Romancistas; Teatro Vivo.
O presente veio do amigo Cleomar Brandi. São cerca de 80 livros, incluindo pequenas biografias dos autores, que ele leu durante anos quando esteve impossibilitado de caminhar. Passou um bom tempo da juventude na cama, após perder os movimentos das pernas, e dedicou-se à leitura constante. Agora, passados mais de 40 anos, os livros são meus. Farão parte da minha estante. Mas o desafio, já sei disso, vai ser mergulhar de cabeça nesse universo literário e aproveitar ao máximo as honras do tesouro.
Entre os clássicos estão: Moby Dick, de Herman Melville; As Vinhas da Ira, de John Steinbeck; O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde; Moll Flanders, de Daniel Defoe; As Aventuras do Sr. Pickwick, de Charles Dickens; O Cristo Recrucificado, de Nikos Kazantzakis; Lorde Jim, de Joseph Conrad; Decamerão, de Giovanni Boccaccio; O Primo Basílio, de Eça de Queiroz; Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo; Os Irmãos Karamazovi, de Fiódor Dostoievski; Eugênia Grandet, de Honoré de Balzac; enfim, uma coleção de fôlego.
A propósito, qualquer ser humano que tenha lido tudo isso pode se considerar um mestre em literatura sem que seja preciso ir aos bancos da universidade. Tenham certeza. Os mais de 50 livros representam um apanhado significativo da literatura mundial produzida em séculos passados. Então por isso a inteligência literária do Cleomar, jornalista de ponta, é tão privilegiada. Por isso aquela capacidade de compreensão do mundo. Por isso tanta sabedoria na cabeça de um homem que se mostra profundo conhecedor das letras.
E voltando aos livros, nas coleções ainda tem Lolita, de Vladimir Nabokov; Às sombras das raparigas em flor, de Proust; A Leste do Éden, de Steinbeck; As ilhas da corrente, de Hemingway; Estrela da vida inteira, de Manuel Bandeira; A grande arte, de Rubem Fonseca; A casa da paixão, de Nélida Piñon; Capitães de areia, de Jorge Amado; As terras ásperas, de Rachel de Queiroz. Quer mais?. Tem Hamlet, de William Shakespeare; Édipo Rei, de Sófocles; e mais um bom bocado de jóias literárias. É ou não é um tesouro?

Gilson Sousa

3 comentários:

  1. Grande tesouro é a amizade do Cleomar!!! Abraço, Negão!
    Alvinho.

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  2. triste é saber o porquê dele ter lhe dado isso. masum grande tesouro, sem dúvida.

    Débora - Povobunda

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  3. O problema é saber quando você vai ler esses livros... mas, sem dúvida, é um grande tesouro! Meu abraço!

    Isaac

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