terça-feira, 9 de março de 2010

Cachaça não combina com esporte: deixem para mim


Nisso é que dá disponibilizar rios de dinheiro para pagar salários de pessoas que levam a vida correndo atrás de uma bola em campos de futebol. O caso de Adriano, o Imperador, envolvendo o álcool e as conseqüentes noitadas, é emblemático. Mas essa história vem de longe. Desde os temos do genial Mané Garrincha, ou mesmo antes, que a maldita se relaciona com os atletas.
Um dos grandes culpados desse envolvimento, dizem os conhecedores de causa, é a fulminante ascensão social em muitos dos casos. Aliada à falta de preparo psicológico, essa ascensão é o caminho mais curto para a perdição dos jogadores de futebol que recebem cem, duzentos, quinhentos, e até um milhão de reais por mês para defender um clube. Algo fora do real, considerando que um cientista qualquer, com PhD e o escambal, tem salário que não passa de dez ou quinze mil nas universidades públicas desse país.
Mas voltando à questão do Adriano, fica difícil passar a mão na cabeça de um cara assim. Por mais alegria que ele tenha dado a milhões de flamenguistas. O cara está doente. E precisa ser visto como tal, já que o alcoolismo é coisa séria. Portanto, a confissão dele sobre os problemas com o álcool já foi uma boa iniciativa. A questão agora é ele querer sair dessa, já que dinheiro para tratamento não é problema. Não é não?
Aliás, por aqui, onde dinheiro é problema sim senhor, já tivemos casos marcantes de envolvimento de jogadores com o álcool. O do ex-jogador Enágio, que chegou a vestir a camisa do 10 do Flamengo no final da década de 1980 e depois se acabou na cachaça, é um deles. Recentemente vários jogadores do Confiança, sob o comando do zagueiro Valdson, que também jogou em grandes clubes do Brasil, eram vistos frequentemente nos bares agarrados em garrafas de cachaça. Uma pena.
Para mim, atleta tem que se comportar como tal. Nada de exageros nos consumos. Por mais dinheiro que tenha. Até para não fazer como o Ronaldinho Gaúcho, do Milan, que chega a esnobar companheiros de clube e dirigentes somente pela sua condição de ‘estrela’. Prefiro ficar com o exemplo de Kaká, do Real Madrid, que não bebe, não fuma nem f..., mas prefere distribuir seu gordo dinheiro entre integrantes de uma igreja evangélica para que encham os seus bolsos também. Menos mal.

Gilson Sousa

Um comentário:

  1. Realmente é triste... sem contar que muitas crianças e adolescentes se inspiram nele... É melhor deixar isso não só pra você, mas pra gente, que somos campeões de levantamentos de copos cheios... de cerveja!

    Isaac

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