terça-feira, 7 de julho de 2009

O estranho mundo de Michael Jackson


Foi comovente sim. O funeral de Michael Jackson transformado num mega-show hollywoodiano conseguiu comover muita gente mundo afora, inclusive a mim. Durante anos na adolescência gostei daquele artista norte-americano surpreendente. Vibrava com a sua dança, ficava emocionado com algumas canções e vidrado com os vídeos-clipe. Por isso lamentei a morte prematura de Michael.
Por gostar muito de música, costumo separar de forma adequada a pessoa do artista da arte que ela produz. Adoro as canções do Djavan, mas não me interesso nem um pingo pela vida pessoal dele. Sou fã do João Bosco, mas não me contem futricas sobre o dia a dia dele. E assim era com o Michael Jackson. Portanto, irei respeitá-lo para sempre como um cara que estabeleceu um divisor de águas na arte pop mundial.
Quanto ao funeral, que invadiu as telas de tv na tarde de hoje, vi trechos do cantor Lionel Ritchie diante do caixão interpretando “Jesus Is Love”. Vi também Barry Gordy, diretor da Motown, gravadora que revelou o grupo Jackson 5, falando emocionado sobre o menino prodígio da música. Segundo ele, Michael já mostrava um talento incomum desde criança. “Ele é simplesmente o maior showman que já viveu”, afirmou, sob aplausos.
Depois vi, igualmente emocionado, Stevie Wonder falar que "nós sempre sentiremos sua falta, Michael". No piano, ele interpretou um medley de "I Never Dreamed You'd Leave in Summer" e "They Won't Go When I Go", duas composições suas. Em seguida, falaram dois jogadores de basquete do Los Angeles Lakers, Kobe Bryant e Earvin Magic Johnson. Aliás, Magic Johnson lembrou com bom humor da época em que gravou o clipe de "Remember the Time" com Michael Jackson.
A cantora e atriz Jennifer Hudson interpretou "Will You be There", música tema do filme "Free Willy". Assim que ela deixou o palco, o reverendo Al Sharpton destacou o papel de Jackson no combate ao racismo nos Estados Unidos. Segundo ele, o sucesso do cantor possibilitou, por exemplo, a eleição de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos. O reverendo mandou ainda uma mensagem para os filhos de Michael. "Seu pai não era estranho. Estranhas eram as coisas com as quais ele tinha que lidar". E eu concordo.

Gilson Sousa

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