sexta-feira, 17 de julho de 2009

País do forró? Que forró?


Dos dois, um: ou o Estado subestima a sua capacidade de receber turistas durante o ano inteiro, ou não sabe mesmo fazer festa. Principalmente festa que sem dúvida alguma seria característica nossa. E digo isso porque vi com tristeza, mais uma vez, o encerramento das atividades daquele espaço conhecido como Vila do Forró, montado para as comemorações juninas na Orla da Atalaia.
Ora, se querem vender por aí a idéia surreal de que Sergipe 'é o país do forró', então por que não investir numa coisa tão óbvia?. Por que não deixar montada aquela cidade cenográfica que tanto encanta turistas legítimos, gregos e baianos?. Considero isso uma falta de sensibilidade sem dimensão do governo. Ainda mais quando se constata que o público aprovaria em massa a permanência do espaço, seja no inverno ou no verão, já que todos temos uma queda incorrigível pelo forró.
A propósito, em termos financeiros não custaria muito para o Estado manter a estrutura. O espaço físico é dele mesmo. Os comerciantes instalados na área pagam taxas. Todo o trabalho da montagem já havia sido feito. As exposições podem ser itinerantes. E isso sem falar que seria uma baita ajuda e incentivo para centenas de sanfoneiros e músicos acompanhantes que passam o ano inteiro mendigando por aí. É ou não é?
Portanto, é um erro corriqueiro do governo acabar com aquele espaço assim que passa a temporada junina. Tenho certeza que independente do mês do ano, o turista e o próprio sergipano adoraria contar com um local fixo para dançar forró com patrocínio do poder público. Seria um incentivo sem igual à cultura daqui, um diferencial, até. Um presente para artistas e comunidades, já que poderia acabar virando tradição local. Mas afinal, que país é este?

Gilson Sousa

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