sábado, 6 de junho de 2009

Covardia tem preço, sim senhor!


Estão sem rumo os policiais militares que buscam melhorias salariais para a categoria de trabalhadores, mas que não sabem conduzir com precisão os seus pleitos junto ao poder executivo estadual. O episódio deprimente desta semana, quando dezenas deles que estavam na Assembléia Legislativa deram as costas ao deputado Francisco Gualberto, líder do governo, é o sinal mais evidente disto. Aliás, não custa nada frisar que historicamente os covardes sempre dão as costas. Isso é fato.
Dar as costas a quem está falando com você ou pra você faz parte do processo de interesses, mas está no campo da covardia. Integra a índole daquele que não tem coragem de ouvir, de olhar nos olhos, de suportar seja lá o que for, e até de reconhecer seu papel de momento. Mas o bom é saber que a atitude insana daqueles poucos militares não incomodou o parlamentar que já fez história nos movimentos sociais e sabe muito bem enfrentar cara feia, xingamentos, cusparadas, porradas e outras coisas mais.
A propósito, o deputado desprezado sabe reconhecer bem a luta dos militares. Acha justa. Ajudou em muitos aspectos nos últimos dois anos e abriu caminho para ganhos salariais históricos na corporação de 2007 para cá. E nada disso é levado em conta. “Quem passou vinte anos tendo suas carreiras destruídas, logicamente vai ter que lutar muito pela recuperação. Isso nós temos compreensão. Mas o que não concordamos, e podem ficar de frente, de lado, de costas, de bandinha, é que se bata palma para inimigo e transforme aliado em adversário”, foi o recado de Gualberto.
Pela história do deputado em favor dos trabalhadores, posso afirmar que os militares cometem injustiça. Usam a tática errada. Se querem avanços, precisam pensar melhor nos atos. Principalmente quando buscam aliados para a briga. Mas se não agüentam ouvir as verdades colocadas por quem conhece o processo de negociação, então não percam tempo indo às galerias da Assembléia Legislativa para fazer somente número e uma pressão sem nexo. Muitas vezes deixando a sociedade à mercê dos bandidos e fugindo de sua responsabilidade estatutária e moral.

Gilson Sousa

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